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Cañete festeja gol decisivo; técnico viaja para o Ceará

Meia pede foco total do time; Sérgio Soares vai para Fortaleza para dialogar com novo clube

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
Vinícius Ramalho
Especial para o Diário
11/04/2016 | 07:00
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 Gratidão em forma de gol. O São Bernardo foi o time que abriu as portas para que o argentino Marcelo Cañete buscasse reaparecer no futebol. Em 2015, quando chegou por empréstimo junto ao São Paulo, ele foi um dos protagonistas e ajudou o time a escapar do rebaixamento. Neste ano, depois de fechar contrato com o clube até 2018, mais uma vez teve papel fundamental ao marcar sobre o Água Santa o gol que deu ao Tigre a classificação inédita às quartas de final do Paulista.

Ontem à tarde, o hermano não teve muito espaço para jogar, mas o toque diferenciado era um alento ao Aurinegro. Por duas vezes Cañete colocou um colega em condições de marcar, mas quis o destino que fosse ele o responsável por balançar a rede do vizinho. “Foi grande partida, um clima intenso. Graças a Deus a gente conseguiu manter a concentração e, no fim, depois de tanto buscar, conseguimos achar o gol. Estamos muito felizes. É continuar da mesma forma, 100% concentrados para seguir avançando no torneio”, declarou.

SÉRGIO SOARES

O técnico viaja hoje para Fortaleza, onde será apresentado pelo Ceará. Entretanto, apesar de ele próprio não dar garantias, o presidente Luiz Fernando Teixeira acredita que o comandante retorne amanhã para estar à frente do São Bernardo até pelo menos o jogo contra o Palmeiras. “Me apresento lá (Ceará) amanhã (hoje). Prometi a eles que ia a Fortaleza. Devo conversar e minha ideia é estar aqui para fazer o jogo domingo”, declarou o treinador.

Caso os cearenses não abram mão de Soares imediatamente, Teixeira adiantou que tem conversas adiantadas com dois treinadores como plano B.

“Vou pedir a compreensão do pessoal do Ceará. O Sérgio levou o Santo André a uma final de Paulista e esperamos que faça o mesmo conosco. Passamos a ter o direito de sonhar”, pontuou o presidente.

Acostumado com glórias, presidente diz que Netuno vai aprender na derrota

Abatido, o presidente Paulo Sirqueira analisou a campanha que levou o Netuno de volta à Série A-2 do Paulista. Para ele, o clube acostumado às vitórias e à ascensão meteórica no futebol estadual terá que aprender na derrota, fato novo para o time que conquistou três acessos até chegar à Série A-1.

“Vamos aprender muita coisa com esse rebaixamento. Podem achar que é choro de perdedor, mas teve um pênalti contra o Santos e coisas que aconteceram em outras partidas que poderíamos estar com uma pontuação melhor. Aprendemos que futebol não é só dentro de campo e precisamos fazer o extracampo. Além disso, bem no ano que chegamos à elite, o regulamento mudou com seis clubes sendo rebaixados. Se fosse como nos anos anteriores, o Água Santa seguiria na A-1”, analisou.

Sirqueira também falou sobre a estrutura oferecida para a disputa da elite do estadual e não quis falar sobre o futuro do técnico Márcio Bittencourt. “Todo aporte que os jogadores necessitavam eles tiveram. Não merecíamos cair. Ainda é cedo para falar sobre a permanência do técnico. Vamos fazer uma reestruturação”, disse.

Márcio, que comandou o Água Santa nos últimos quatro jogos do Paulistão e conquistou cinco dos 12 pontos em disputa, não falou com a imprensa após o jogo.

Com o descenso, a Série A-2 de 2017 terá mais um clássico regional, já que Santo André ou São Caetano ficarão pelo caminho no mata-mata da competição.

Clima de final, confusão e atrasos dão tom do clássico

Quem passou pelas ruas do Jardim Inamar ontem à tarde, percebeu que o clima era de decisão. Antes do jogo, a torcida do Netuno mostrou incentivo com fogos de artifício, gritos de ‘eu acredito’ e até a distribuição da letra da música Sou Humano, da cantora gospel Bruna Karla, executada antes do Hino Nacional e que atrasou o início da partida em cinco minutos.

A torcida do São Bernardo, que também lotou o setor destinado aos visitantes, apareceu em um momento de confusão com a polícia. Um torcedor do Tigre teve que ser removido pela ambulância e o jogo foi paralisado aos 38 minutos do segundo tempo pela ausência do veículo para atendimento médico.

No fim, mesmo fora de casa, quem fez a festa foram os torcedores e jogadores são-bernardenses.




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