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Ato contra o impeachment reúne 40 mil na Praça da Sé

Manifestantes atacaram Cunha e Sérgio Moro; protestos ocorreram em 25 Estados e no DF

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
01/04/2016 | 07:00
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Manifestação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a favor da democracia reuniram 40 mil pessoas na Praça da Sé, no Centro da Capital, segundo o Datafolha. Atos semelhantes ocorreram em 25 Estados e no Distrito Federal. A PM (Polícia Militar) estimou o público em 18 mil manifestantes, enquanto que os organizadores falaram em 60 mil pessoas.

Movimentos sociais, sindicais, estudantis e partidos de esquerda se reuniram na frente da Catedral da Sé para protestar contra o processo de impedimento da presidente, em trâmite na Câmara dos Deputados. Intitulada como ‘Canto da Democracia’, a manifestação iniciou por volta das 16h e encerrado por volta das 20h30.

Ao som de músicas que faziam alusão à ditadura militar (1964-1985), manifestantes entoavam gritos de “não vai ter golpe”, e “fora, Cunha”, em referência ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), rival declarado do governo e responsável por aceitar o pedido de impedimento da presidente. O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, também foi duramente criticado pelos participantes. As recentes ações do magistrado que envolveram Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a divulgação dos grampos telefônicos, intensificaram os ataques à Lava Jato por parte dos militantes do PT e de apoiadores do governo.

Muitas das lideranças que discursaram no caminhão de som, estacionado no meio da praça, criticaram a tese de que as pedaladas fiscais adotadas pelo governo Dilma seja enquadrada como crime de responsabilidade fiscal. “A população está sendo manipulada pelos meios de comunicação. Esse impeachment não se sustenta, é golpe”, salientou o aposentado Jorlando Silva, 65.
<EM>Integrantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) argumentaram que o impeachment em curso é “risco” aos programas sociais, como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e ProUni (Programa Universidade para Todos). Principal apoiadora do impeachment, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) foi chamada de “golpista”. 




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