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Como as aves protegem os olhos da chuva?
Nayara Fernandes
Especial para o Diário
25/04/2010 | 07:00
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As aves têm uma película transparente que reveste os olhos - chamada membrana nictitante -, que funciona como um para-brisa, protegendo-os dos pingos de chuva e mantendo-os limpinhos. Essa membrana também impede que, durante o voo, os olhos sejam atingidos por impurezas, como poeira e outras partículas encontradas no ar. Além disso, evita o ressecamento provocado pelo contato do vento com a córnea (pele fininha que cobre o globo ocular), lubrificando os olhos.

Nas aves, a membrana nictitante vira uma terceira pálpebra (temos duas, a superior e a inferior). E, ao contrário das demais, abre no sentido horizontal (da parte interna para a externa do olho), em vez de verticalmente. Essa pele é transparente; por isso, não atrapalha a visão.

Não são apenas as aves que contam com esse tipo de proteção. Alguns anfíbios (sapo e rã), répteis (jacaré e largato) e mamíferos (urso e foca) têm uma película parecida, que funciona de diferentes maneiras, de acordo com o local onde vive.

No caso do urso, a membrana nictitante evita que ele fique cego por causa da forte claridade provocada pelo reflexo da luz na neve. Para a foca, faz o papel dos óculos de natação. Já o castor depende dela para enxergar melhor dentro da água, já que sua visão não é boa.

Espécies e diferenças

Cada espécie tem uma forma diferente de proteção. No porco-da-terra, por exemplo, a membrana nictitante protege os olhos contra picadas de cupins, seu alimento favorito. Outro que tem uma terceira membrana bem grandona é o tubarão, que depende de sua proteção quando ataca outros animais.

Peixes, em geral, não têm pálpebra nem essa película, por isso estão sempre de olhos bem abertos (até enquanto dormem!). Para descansar, apenas reduzem o ritmo e mantêm o equilíbrio na água com movimentos bem lentos. A serpente também nunca fecha os olhos, mas, ao contrário dos peixes, tem uma membrana para protegê-los.O jacaré consegue dormir debaixo d' água e, a qualquer sinal de perigo, abre os olhos. Nesse caso, a membrana nictitante funciona como óculos de natação e o faz enxergar sem dificuldade.

Voam debaixo d'água

Ao contrário do que muita gente pensa, os pássaros não deixam de sair do ninho nem voar quando chove. Eles adoram tomar banho de chuva e sabem quando isso vai acontecer. E não são só as gotinhas que os deixam alegres. Quando chove, alguns bichinhos, como insetos e minhocas, saem da toca, e aí é o momento para as aves atacarem.

Elas não podem permanecer com o corpo encharcado porque ficariam pesadas e, apesar de terem ossos ocos, não conseguiriam voar; por isso, muitas têm maneiras de manter o corpo sequinho. As espécies que vivem na água, como pato, ganso e marreco, têm uma glândula próxima à cauda que produz um líquido oleoso usado para lubrificar e impermeabilizar as penas. Colhem esse óleo com o bico e o espalham pelo corpo. Outras aves, como garça, gavião e papagaio, possuem outra forma de se manter secas. As penas são pulverulentas, ou seja, as extremidades se desintegram quando crescem e formam pó fininho que as impermeabiliza.

Durante a tempestade, elas têm de procurar refúgio porque podem ser atingidas por raios. Essas faícas com eletricidade que caem do céu podem percorrer distância de até 10 quilômetros do local onde está chovendo forte. No entanto, isso depende do caminho que as aves seguem e do percurso que o raio faz até chegar ao solo. Não há estudos sobre isso, mas sabe-se que é mais difícil elas serem atingidas porque estão em movimento.

Humanos também!

A gente também precisa se proteger durante a tempestade, permanecendo em local fechado, como carro, casa ou loja. Fuja de áreas abertas, como campo de futebol, piscina, lago, parque. Também não fique perto de tomadas e janelas. Os raios podem atingir uma pessoa diretamente, quando caem sobre ela, ou indiretamente, quando atingem local próximo e se propagam.




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