O vereador de São Caetano Beto Vidoski (PSDB) articula candidatura a prefeito para a eleição de 2016. A intenção do tucano é se organizar para ocupar espaço de oposição ao prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), porém, condiciona o projeto a posicionamento do ex-chefe do Executivo José Auricchio Júnior (PTB).

Vidoski tem buscado filiar potenciais candidatos a vereador no PSDB e tenta cooptar partidos para um eventual arco de alianças. O nanico PTN, que esta nas mão de Eduardo Casonato, assessor de Pinheiro, é assediado pelo tucano. A promessa é a de que ele tem respaldo da executiva estadual da sigla com aval de lideranças e que, em breve, substituirá seu sogro, Moacyr Rodrigues, no comando local da legenda. Além disso, fala em alto poder econômico para a estrutura de campanha.

A arquitetura política é feita em acordo com o colega de Câmara Fabio Palacio (PR). O republicano é cotado para ser o candidato a vice, mas pode alçar voo solo ao Palácio da Cerâmica. A estratégia, entretanto, só será definida quando Auricchio colocar ou não candidatura a prefeito em curso.

Em caso do petebista tentar retomar o Executivo, os vereadores passam a disputar entre eles a vaga de vice na chapa de Auricchio. A organização atual passa a ser mais uma arma da oposição contra o plano de reeleição de Paulo Pinheiro.

Auricchio depende da aprovação das contas de seu último ano na Prefeitura, em 2012. O TCE (Tribunal de Contas do Estado) está finalizando a análise e deve encaminhar o documento para votação da Câmara até o mês que vem. Pinheiro articula que o Legislativo rejeite as finanças, o que tornaria o adversário inelegível e automaticamente fora da eleição.

Apesar de a articulação ocorrer com pompas, Vidoski ficou na quarta posição com apenas 6,3% em sondagem do DGABC Pesquisa, encomendada pelo Diário e divulgada semana passada. Palacio atingiu 4%, na sexta colocação. Já Auricchio lidera o levantamento com 33,8%.

Vidoski não retornou aos contatos do Diário para comentar o caso.