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'Ainda não há sinais de recuperação da indústria'
Por Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
11/08/2009 | 07:01
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Celso Luiz/DGABC


Apesar dos breves sinais de recuperação no comércio, o secretário do Emprego e das Relações de Trabalho do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, não está otimista quanto a geração de empregos na região. O executivo afirma que ainda não há sinais de recuperação da indústria, braço forte da região.

Para Afif, a crise financeira é, sem dúvida, o principal gargalo para a geração de vagas na região, que sofre com a retração no cenário internacional. "O Grande ABC é a vanguarda da indústria de transformação, que tem uma grande presença no mercado internacional", afirma. "A indústria moderna trabalha em cadeia, então os impactos têm proporções diferentes."

Os efeitos sazonais, que puxaram a alta na geração de empregos no mês de julho, já passaram. Segundo o secretário, em julho, os registros no número de oportunidades geradas já é inferior ao do mês passado. "Não fossem os R$ 20 bilhões de investimento do governo do Estado, teríamos uma crise maior", ressalta Afif lembrando das obras do Rodoanel, da ampliação das malhas ferroviária e metroviária e das obras de saneamento. "A volta do crédito também tem melhorado o consumo e tem estimulado o aumento no número de vagas", destaca. "Esse ano é de crescimento zero."

PROJETO - O discurso de Afif se dá em um momento de renovação das esperanças de conquista de uma posição no mercado de trabalho ao menos aos pais e alunos do colégio e faculdade Anchieta, de São Bernardo. Com o lançamento do projeto Anchieta Carreiras, a instituição pretende aproximar os estudantes e seus familiares do mercado de trabalho, como forma de estimular o desenvolvimento profissional e conter a inadimplência.

"Ainda não tínhamos solução para facilitar a empregabilidade dos alunos", afirma Carlos Rivera, diretor geral da instituição, que já realizava trabalhos de intermediação para estágio há seis anos. "Não queremos que ele tenha seu sonho adiado pela dificuldade de conseguir um emoprego."

Com isso o curso de extensão em recursos humanos da faculdade deverá funcionar como uma pequena agência de empregos e concentrar as demandas das empresas e os perfis dos alunos e de seus pais que estejam interessados em uma colocação profissional. Atualmente, a instituição já conta com 50 empresas cadastradas.




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