O folclórico Maracana, palco do futebol mais celebrado do país, nao assusta o Sao Caetano. No mesmo campo por onde desfilaram craques imortais como Domingos da Guia, Garrincha, Nílton Santos, Pelé, Gerson, Roberto Dinamite, Zico e Romário, entre outros, o experiente elenco do Azulao vai em busca de um grande sonho. Além de encarar o glamour do Maracana, que deve receber mais de 40 mil torcedores, o Sao Caetano mantém a confiança na ingrata missao de eliminar o Fluminense, neste domingo, às 16h, se quiser seguir em frente na Copa Joao Havelange.

Depois do empate (3 a 3) de quinta-feira no Parque Antártica, o time sabe que é preciso, mais do que nunca, vencer o Tricolor carioca. Isto porque os empates de 0 a 0, 1 a 1 e 2 a 2 beneficiam o rival, e o 3 a 3 leva tudo para os pênaltis. A igualdade por quatro ou mais gols dá a vantagem para a equipe de Jair Picerni. Quem se classificar, terá a primazia de enfrentar Sao Paulo ou Palmeiras nas quartas-de-final.

Ao contrário do que muitos imaginam, o Maracana nao é ilustre desconhecido para parte dos jogadores. Aílton, Leto, Zinho, Esquerdinha, Japinha e Adaozinho já jogaram no maior estádio do mundo. De todos, Aílton é o que mais vezes atuou - quatro. Zinho (pela Ponte Preta) e Leto (Bragantino) também jogaram duas vezes. "O Maracana é excelente. A torcida faz barulho, torce muito, mas fica distante do campo", lembrou Zinho.

Mas existem os que nunca jogaram lá, casos de César, Claudecir, Vagner e o artilheiro Adhemar. "Se vou levar uma máquina fotográfica? Nao, nao é preciso", sorri o lateral-esquerdo César, ex-Juventus.

O atacante Adhemar conhece histórias do Maracana desde os tempos de menino. "Eu via pela TV o Zico fazer muitos gols de falta. E meu sonho seria marcar um gol lá", comenta Adhemar, melhor jogador em campo diante do Fluminense. Além de cobrar escanteio originando o terceiro gol, ele marcou o segundo de falta, e ainda chutou uma bola no travessao.