Duas reuniões na semana passada tentaram acalmar os nervos dos cartolas são-paulinos. O local foi o escritório do jurista Ivens Gandra Martins, conselheiro vitalício do clube. Com ele estavam mais dois cardeais, também preocupados com essa divisão que tem prejudicado o Tricolor; Abilio Diniz e Antonio Cláudio Mariz de Oliveira.

A primeira conversa foi com Juvenal Juvêncio que, de início, mostrou toda sua mágoa com Carlos Miguel Aidar. Diante dos argumentos e pedidos de comedimento, prometeu guardar as armas, mas ressaltou que seu recuo não é definitivo.

Na segunda conversa, Carlos Miguel demonstrava que Juvenal ultrapassou a linha demarcatória de todos os ex-presidentes. Mas diante das ponderações de tão ilustres interlocutores, também garantiu um período de mais tranquilidade no clube.

Não se sabe se os bombeiros apagaram totalmente o incêndio. O que se espera é que tamanha insensatez de dois grandes dirigentes não leve a instituição para o precipício.

Final do Paulistão

O Santos deixou ótima impressão na semifinal. É verdade que o São Paulo não foi páreo na Vila Belmiro. Enquanto isso, o Palmeiras sofreu em Itaquera e só chegou à decisão porque foi mais feliz nos pênaltis.

Há certa igualdade nos dois finalistas, com vantagens e desvantagens de ambos os lados. O Palmeiras, por exemplo, tem mais elenco e o técnico, mais opções. O Santos tem mais individualidades e fará o segundo jogo na Vila Belmiro.

Não é possível indicar favorito. O que deve acontecer é mais emoção na decisão de um torneio, que na sua fase inicial mostrou falhas que precisam ser corrigidas no próximo ano.

Ressurgimento

O São Paulo teve a força e a determinação dos alemães. Venceu e convenceu contra o Corinthians. A torcida vibrou e comemorou, mas também ficou com a pulga atrás da orelha. Por que o time não apresentou o mesmo futebol em jogos anteriores pela Libertadores e Campeonato Paulista?

Os dois representantes paulistas chegaram à próxima fase da Libertadores com dois adversários de qualidade distinta. O Corinthians pega o fraquíssimo Guaraní, do Paraguai. Já o São Paulo enfrenta o Cruzeiro, que melhorou nos últimos jogos, mas não é o mesmo de anos anteriores.

Agora, a Libertadores chega à fase mata-mata e terá muito mais emoção.