As contas de 2004 do ex-prefeito de Mauá Oswaldo Dias (PT), e as de 2005 das gestões de Diniz Lopes (PR) – entre 1º de janeiro e 6 de dezembro – e Leonel Damo (PV) – de 7 a 31 de dezembro – estarão na Ordem do Dia da Câmara na próxima sessão, na terça-feira.

As duas foram rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), mas terão tratamento diferenciado dos parlamentares: no caso de Oswaldo, a Comissão de Finanças manteve o parecer do tribunal pela rejeição. Já as de Diniz e Damo, o parecer será pela absolvição.

Mas um acordo poderá fazer com que só as contas de 2005 sejam votadas na terça-feira, assim como queria a base aliada. A justificativa para adiar a votação de Oswaldo seria o fato de o petista não ter apresentado defesa ao Legislativo. O presidente da Comissão de Finanças, Átila Jacomussi (PV) – que na semana passada disse que a Câmara não tinha competência para analisar contas –, nega que tenham existido dois pesos e duas medidas. “O Diniz apresentou a defesa e me convenceu. O Oswaldo não contestou nada. São situações diferentes. Meus votos foram técnicos.”

O presidente da Câmara, Alberto Betão Pereira Justino (PSB), pensa diferente. “Não dá para negar que o momento político pesou. O Diniz governou ao lado dos vereadores, diferentemente do Oswaldo, que ficou distante”, diz Betão, que foi líder de Governo durante a gestão Diniz Lopes.

O socialista defende o adiamento do parecer sobre o petista. “Podemos fazer isso, mas vai depender do interesse em se defender. Ele precisa dar uma satisfação aos vereadores.” Átila é contra. “Ele já teve a chance de se defender. Dar mais prazo é uma aberração.”

Diniz também acha que o caso dele é diferente. Ele nega que tenha sido privilegiado pelos vereadores. “As questões apontadas no meu caso foram técnicas. Não fiz nada ilícito. Já o Oswaldo deixou o processo dele correr à revelia.”