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Indústria moveleira paulista terá R$ 1,4 milhões em investimentos
Por Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
16/12/2008 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O setor moveleiro paulista não parece assustado com a crise financeira internacional. A renovação do convênio do APL (Arranjo Produtivo Local) entre SimABC (Sindicato da Indústria de Móveis de São Bernardo e Região), Sindimov-SP (Sindicato da Indústria do Mobiliário de São Paulo) e Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) promete injetar R$ 1,4 milhão no setor nos próximos dois anos.

O valor deverá ser investido na contratação de consultorias de marketing e treinamentos de formação de preço, além de cursos de Gestão Empresarial, Gestão de Design e Qualidade Total. Também estão incluídos no aporte financeiro o desenvolvimento de promoções comerciais para as lojas do setor.

Com a renovação de convênio por mais dois anos, o Sebrae promete reforçar as capacitações para o design do produto. "Já trabalhamos com a estruturação das empresas moveleiras desde 2006, agora é hora de dar uma alavancada nas vendas", comenta a gerente do escritório regional do Sebrae, Josephina Cardelli. "A inovação conquista novos mercados. Queremos crescer até para fora do País, se for possível."

A crise financeira internacional, iniciada em setembro deste ano, também não parece assustar os empreendedores. Mesmo com a restrição de crédito, Josephina defende que a indústria não foi muito afetada. "Hoje estão em busca de melhores taxas de financiamento para o cliente final ", afirma.

A expansão recente da construção civil também deixou muitas portas abertas para o mercado de mobiliário. "Quem muda de casa, em geral, acaba comprando móveis novos. Ainda temos muitas unidades a entregar em 2009. As perspectivas são muito positivas", informa a gerente do Sebrae. Outro setor de destaque é o de móveis de escritório. "É um crescente significativo", define.

É com esse perfil de produto que Carlos Alberto del Rio, proprietário da Almudena, tem comemorado seu sucesso. Participante do APL há um ano e meio, garante já ter visto resultados significativos no faturamento da sua empresa no período.

Apesar de valorizar as capacitações propostas, del Rio acredita no associativismo como principal ferramenta proposta no APL. "Sem dúvida o que mais gera resultado é a troca de experiências", explica. Os empresários, além de dividir suas iniciativas de sucesso, passam a negociar em conjunto, pleiteando menores preços junto aos fornecedores, melhores taxas para financiamento, entre outros.

Atualmente, são 57 empresas no APL Movelaria Paulista. O Sebrae espera contar com 70 fabricantes de móveis até 2010.




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