Dentre os planos para o desenvolvimento econômico de Diadema em 2010, destaca-se convênio firmado com o governo federal. A parceria, que acaba de ser assinada, prevê a liberação de R$ 470 mil voltados à cadeia do plástico e da borracha do município.

O objetivo é investir nas empresas do setor para aprimorar o desenvolvimento tecnológico, inovação e design. Além disso, a intenção é atuar também na qualificação dos trabalhadores. "Com essa somatória de fatores, será possível ampliar a produção e gerar mais emprego. Assim, recuperaremos tudo o que foi perdido com a crise econômica", explica a secretária adjunta do Desenvolvimento Econômico de Diadema, Solange Ferrarezi.

O projeto de cooperação, que foi tratado com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e com o governo federal, abre portas para a negociação de novas parcerias, desta vez para o setor de cosméticos ou metalmecânico. "O novo edital da ABDI sai em março. Vamos pleitear mais recursos", avisa Solange.

O caminho das pedras para obtenção de recursos federais foi reforçado na semana passada, quando o assessor especial para assuntos internacionais da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alberto Kleiman, visitou Diadema.

Segundo ele, o município é conhecido internacionalmente por seu potencial industrial e tecnológico, além de sua política de segurança pública. "E Diadema está buscando mais capacitação para ampliar sua competitividade principalmente no setor de cosméticos", afirma.

O governo federal, por meio da secretaria de Kleiman, está identificando cidades na França que tenham semelhanças com o processo produtivo do segmento em Diadema.
"Embora já exista o intercâmbio de estudantes entre França e Diadema, o intuito é trazer especialistas nos setores químico e de cosméticos, assim como enviar estudantes dessas áreas para lá a fim de haver troca de experiências", relata o assessor Kleiman.

PRÉ-SAL
Outro tópico discutido durante o encontro de Kleiman com o prefeito Mário Reali e Solange, entre outros participantes, foi como fortalecer a cadeia de matalmecânico para que as empresas se tornem fornecedoras de peças e serviços da Petrobras, com a oportunidade aberta com a descoberta do pré-sal.

"Não posso interferir no processo de licitação da estatal, mas posso falar onde e com quem solicitar recursos para ampliar o potencial dessas empresas", diz Kleiman.

Para Solange, a visita "fortalece os vínculos com o governo federal e abre novos horizontes" para as empresas da cidade.