Ele explicou que antes de ovular a mulher tem uma alteração de temperatura menor que a normal. “Os homens e mulheres são iguais, mas, um pouco antes da ovulação, ela tem concentração alta de hormônio feminino, e a temperatura cai. Quando ela ovula e recebe progesterona, acontece o contrário”, disse.
A temperatura do corpo da mulher só é igual à do homem durante a primeira fase do ciclo. “Dizer que tem mais frio durante todo o mês é bobagem. Existe muita lenda em torno do assunto, mesmo porque este também é um problema de natureza. Obviamente, um homem magro sente mais frio que um gordo ou um musculoso. O mesmo vale para as mulheres”, explicou o ginecologista.
A temperatura em mulheres geralmente começa com 36,4 graus e cai entre 35,9 graus e 36,2 graus, no início do ciclo. “É quando se sente mais frio.” Na segunda fase, que antecede a menstruação, a temperatura volta a subir e chega a 36,7 graus. “Durante os dias de menstruação, ela cai novamente e pode chegar a 32,2 graus”, explicou o médico.
A exceção vale para as mulheres grávidas. Elas, sim, têm uma temperatura corporal superior à de uma mulher não-gestante, mas causada pela progesterona. “Eleva a temperatura e a circulação também é maior. Naturalmente, ela vai sentir mais calor do que as outras mulheres.” Durante toda a gestação, a mulher tende a ter temperatura estável de 36,7 graus, mas, só perto do parto, ela cai. É quando a mulher volta a sentir frio como as demais.
Menopausa – Por motivos diferentes, mas também causados por alteração hormonal, as mulheres na fase da menopausa sofrem justamente o contrário do que as que não estão no processo. Elas sentem excesso de calor, só controlado pela reposição hormonal. “São as famosas ondas de calor, causadas pela queda de estrógeno – hormônio feminino. Essas ondas são mais perceptíveis à noite, quando a pessoa está em repouso. Se repetem de hora em hora e provocam suor e vermelhidão”, disse o ginecologista. Segundo ele, a queda do estrógeno engana o centro termo regulador da pessoa e acusa uma temperatura maior do que a real. “Depois que ela sua, o centro térmico acusa que ela perdeu calor demais e, então, começa o processo contrário. Aí ela começa a tremer de frio.”
Esse problema pode durar anos para as que não fazem a reposição de hormônios. “O único cuidado nesse caso é saber a dose hormonal compatível com a mulher, para, assim, evitar um eventual câncer de mama ou, até mesmo, trombose”, afirmou Halbe.
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