Depois das conquistas salariais dos metalúrgicos da base de São Bernardo e São Caetano, os trabalhadores de Santo André e Mauá iniciam a campanha da categoria. A promessa dos sindicalistas andreenses é de não aceitar reajustes menores do que os que já foram concedidos nas montadoras da região.

"Vamos usar as conquistas dos outros sindicatos como parâmetro e não vamos aceitar reajuste inferior ao que o concedido na General Motors (8,3% e abono de R$ 1.950)", disse o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Adilson Torres dos Santos, o Sapão.

As principais reivindicações são aumento salarial - ainda não estipulado -, e redução de jornada semanal para de 44 para 40 horas, sem redução nos salários. "Nosso índice de reajuste ainda não foi definido, mas vamos exigir a reposição do índice inflacionário (4,6%) mais aumento real", explicou o diretor.

No ano passado, os metalúrgicos da categoria conquistaram reajuste de 11,2%.

Segunda-feira, os trabalhadores realizam ato em frente à Magneti Marelli, em Santo André. "Essa é a primeira atividade para pressionar o lado patronal a conceder os benefícios solicitados. Não aceitamos desculpas como crise econômica, pois sabemos que a retomada da economia é fato concreto. Vamos até o fim para conquistar nossos objetivos", afirmou o sindicalista.

SÃO PAULO - Aliados à mesma categoria do sindicato da região, cerca de 10 mil metalúrgicos de São Paulo participaram de ato de mobilização pela Campanha Salarial, realizado ontem, e aprovaram indicativo de greve caso os grupos patronais não apresentem proposta de aumento salarial satisfatória e de redução da jornada de trabalho.

A data-base da categoria é 1º de novembro e envolve cerca de 800 mil trabalhadores, representados por 53 sindicatos de metalúrgicos do Estado, mais a Federação dos Metalúrgicos , ligados à Força Sindical. s