Está decidido. A partida entre Santo André e Palmeiras, no dia 25 de outubro, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, será no Estádio Bruno Daniel. Pelo menos são essas as palavras do presidente da Gestão Empresarial, Ronan Maria Pinto, negando que a partida tenha sido levada para Araraquara - na inauguração da Arena Fonte Luminosa. De acordo com o dirigente, não houve nenhuma conversa com pessoas da cidade do interior e sequer um pedido à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) foi enviado.

"Isso não existe. Não sei porque estão falando. Vai jogar em Santo André. Estamos preparando o estádio, o gramado. Todos os nossos jogos agora serão em Santo André. Não existe esse negócio de Araraquara", disse Ronan, em entrvista a uma rádio da Capital.

Esse caso envolvendo a transferência da partida ao Interior começou após declaração do prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri. "Palmeiras e Santo André será o primeiro jogo do nosso Estádio", afirmou o político. "Não temos nada acertado em Araraquara, não discutimos nada e não pedimos nada à CBF para mudar o jogo para lá", rebateu Ronan.

Antes de ser negada a transferência dessa partida, parte da imprensa criticou o Ramalhão por mais uma vez jogar fora de casa, dando ao adversário a possibilidade, inclusive, de ter mais torcida - já havia jogado em São José do Rio Preto, contra o Corinthians, e jogou contra o São Paulo, domingo, em Ribeirão Preto. Para o dirigente, o principal problema é a condição do Estádio Bruno Daniel.

"O Santo André tem um estádio que realmente não oferece todas as condições e isso é atestado pela própria imprensa, que reclamou do estádio, do gramado. Tivemos jogos adiados e até interrompidos por conta de enchente no vestiário (contra o Marília, pelo Paulista deste ano)", explicou o dirigente. "O Santo André não está abandonando a cidade. Estamos discutindo com o prefeito uma condição melhor, porque queremos jogar em Santo André. Só que as vezes não tem condição."

Para Ronan Maria Pinto, as mudanças para o Interior vão além do fato de a Polícia Militar liberar apenas dez mil torcedores para partidas de grande porte no Brunão. "É uma forma de protestar, porque precisamos de um estádio à altura. Araraquara, por exemplo, que tem um time na segunda divisão (a Ferroviária, que integra a Série A-2 do Paulista), vai inaugurar uma Arena", citou. "O Santo André quer um estádio e precisa brigar por condições melhores no Grande ABC", concluiu o presidente.