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Do Diário do Grande ABC
Em Condor, documentário que estréia nesta quarta-feira no circuito paulistano, o diretor carioca Roberto Mader reproduz as diferentes versões sobre a Operação Condor, espécie de esquema que ligava os regimes ditatoriais do chamado Cone Sul nos anos 1970. O filme rendeu os prêmios de Melhor Documentário no Festival do Rio e Prêmio Especial do Júri em Gramado no ano passado.
Além de personagens brasileiros, o cineasta registrou depoimentos na Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. As entrevistas foram feitas entre 2005 e 2006. A aliança entre as forças repressoras nos cinco países reforçaram o alcance de assassinatos, tramas políticas e tortura.
Estreando na direção de um longa-metragem, Mader não resumiu os personagens a vítimas de perseguições políticas - muito embora os relatos do tipo tenham resultado em momentos emocionantes, acrescidos das famílias. O diretor conseguiu também o do outro lado, (incluindo Augusto Hiriart e Manoel Contreras, respectivamente filho e o general que foi braço-direito do ditador chileno Pinochet, morto no ano passado), e torturadores.
O projeto não se ateve à geografia da América Latina para descortinar os anos de chumbo nos cinco países. Mader também foi a três países da Europa para levantar documentos específicos.
Nesse trabalho, foi possível evidenciar o assassinato de políticos como Orlando Lettelier e Carlos Pratts, políticos de destaque no governo de Salvador Allende, no Chile. Em alguns momentos nesse país, mais de uma centena de pessoas que se opunham ao regime foram mortas de forma simultânea.
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