Política Titulo Diadema
Michels corre por 2 votos
à presidência da Câmara

Sem maioria, prefeito eleito de Diadema aposta no
vereador Célio Boi (PSB) para encabeçar o grupo

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
31/12/2012 | 07:00
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O prefeito eleito de Diadema, Lauro Michels (PV), tem pouco mais de 48 horas para conquistar dois votos para emplacar o presidente da Câmara para os dois primeiros anos de seu governo. Ontem, o bloco governista protocolou chapa no pleito legislativo com Célio Boi (PSB) encabeçando o grupo.

A ala situacionista possui nove parlamentares - além de Célio Boi, compõem a bancada Vaguinho do Conselho (PSB), José Dourado (PSDB), José Augusto da Silva Ramos (PSDB), Marcos Michels (PV), Lúcio Araújo (PV), Milton Capel (PV), Márcio da Farmácia (PV), e Cida Ferreira (PMDB). Os oposicionistas, liderado pelo petista Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, contam com 12 votos, quantidade suficiente para vencer a disputa.

O fim do prazo para oficialização das chapas à presidência da Câmara movimentou os corredores do Legislativo ontem. No início do dia, Talabi Fahel (PR) decidiu romper com o bloco de oposição e lançar candidatura própria. Sua empreitada foi costurada por Laércio Soares (PCdoB), futuro assessor especial da Prefeitura, e teria apoio do grupo de sustentação de Michels.

Por volta das 15h (uma hora antes do limite), Talabi se reuniu com a bancada do PR e com o presidente republicano de Diadema, José Carlos Gonçalves. A conversa, realizada na sala da presidência, demorou quase 40 minutos. Gonçalves e os três parlamentares republicanos tentavam convencer Talabi a desistir de seu projeto. Houve ameaça de expulsão do partido caso ele mantivesse a candidatura.

Na antessala da presidência, vereadores de oposição acompanhavam as discussões. Em outro gabinete, parlamentares aliados a Michels debatiam alternativas para a chapa governista caso Talabi cedesse à pressão do PR.

Cinco minutos antes do fim do prazo e com Talabi recuando de sua candidatura, Célio Boi entregou os nomes que compõe sua chapa. Ele será o candidato a presidente, com Cida como primeira vice, Lúcio como segundo vice, Capel, Vaguinho e Dourado como secretários.

Os oposicionistas deixaram a sala da presidência comemorando a manutenção da chapa, que conta com Maninho, Pastor João Gomes (PRB), José Antônio da Silva (PT), Ricardo Yoshio (PDT), Reinaldo Meira (PR) e Lilian Cabrera (PT). Nenhum deles entregou carta de desistência do grupo.

Governistas avaliaram que a situação está praticamente irreversível e até conversaram sobre a real possibilidade de ter minoria na Câmara em 2013.

Alguns reclamaram da ausência de Lauro Michels nas discussões. O verde optou por ser abster dos debates, incumbindo Dourado e Laércio para as costuras legislativas.

 

Não sei se voto no Maninho, diz Talabi

Protagonista da movimentação para a presidência da Câmara de Diadema, o vereador Talabi Fahel (PR) afirmou que não decidiu se vai votar em Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), candidato ao comando da Casa apoiado pelo PR. "Terei mais dois dias para pensar direito o que vou fazer."

Talabi lançou candidatura própria à presidência com votos dos parlamentares aliados do prefeito eleito, Lauro Michels (PV). Minutos antes do fim do prazo para o protocolo de chapas na disputa, recuou devido à pressão feita pelo presidente do PR diademense, José Carlos Gonçalves, e os outros três vereadores da bancada republicana.

A indicação de Talabi à gerência da Casa foi costurada por Laércio Soares (PCdoB), futuro assessor especial da Prefeitura. Com candidatura própria, Talabi praticamente extinguiria risco de expulsão ao alegar que estava tentando conquistar mais espaço ao PR. De quebra, forçaria Luiz Paulo Salgado (PR), Reinaldo Meira (PR) e José Zito da Silva, o Zezito (PR), a votar em sua chapa, utilizando argumento de unidade partidária.

Para garantir vitória na briga pelo comando da Casa para o biênio 2013/2014, governistas apostam no voto de Talabi e na mudança de opinião de um dos 12 vereadores que endossam a candidatura de Maninho.

O petista, no entanto, garantiu que sua chapa não será desmantelada às vésperas da eleição legislativa. "Será impossível desmanchar. Nem se trator passar por cima vai quebrar", assegurou.

Maninho disse também que se for eleito presidente da Casa não vai adotar discurso de oposição radical à gestão Michels. Um dos principais projetos que estará na pauta em fevereiro será a reforma administrativa que o verde pretende fazer no Executivo. "Não vamos atrapalhar o governo", salientou o petista.




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