O promotor da Vara da Infância e Juventude de Santo André, Ricardo Flório, informou quarta-feira que deve convocar a responsável pela Diretoria Regional de Ensino para tratar de possíveis irregularidades no funcionamento das escolas estaduais de ensino fundamental que passaram a funcionar em período integral.

Após a implementação do projeto Escola de Tempo Integral, surgiram denúncias de falta de estrutura nas unidades para atender aos alunos, incluindo reclamações sobre merenda inadequada e falta de professores especializados para as oficinas pedagógicas prometidas para a parte da tarde.

O promotor promete protocolar o pedido “até a semana que vem”, questionando a responsável sobre os motivos dos problemas. O Ministério Público tomou atitude similar em outras cidades do Estado, como Marília.

Diversos pais vêm reclamando que as escolas fundamentais se transformaram em “depósitos de crianças” desde a implantação do programa, anunciado com entusiasmo pelo governo. No início do mês, reportagem do Diário apontou problemas em mais da metade das escolas do Grande ABC que aderiram ao projeto (28 unidades ao todo).

Segundo o promotor Ricardo Flório, o pedido tem que ser respondido no prazo máximo de 30 dias. Dependendo do que for apurado pela Promotoria Pública, um inquérito civil pode ser instaurado para investigar o caso com mais rigor.