Chico César faz, nesta quinta-feira, no Sesc São Caetano, uma espécie de síntese de uma década inteira de carreira artística no mercado fonográfico. Será um encontro intimista, calcado no banquinho e violão do paraibano, mais a percussão do colega de longa data, o pernambucano Escurinho. O teatro tem apenas 140 lugares e terça-feira ainda havia ingressos.

Poético e apaixonado, crítico e inconformado, Chico César é o tipo de artista que sabe exatamente o quê e como dizer o que pensa e acredita. E o faz com lirismo, belas melodias e identidade própria. O set list deste show é uma mostra clara dessa competência.

Estão lá canções de quase todos os álbuns, desde o primeiro, Aos Vivos, de 1995, até o mais recente, De Uns Tempos Pra Cá, de 2005. Entre essas duas pontas da carreira, tem os CDs Cuzcuz Clã (1996), Beleza Mano (1997), Mama Mundi (2000) e Respeitem Meus Cabelos, Brancos (2002). Fora esses, há ainda o Compacto e Simples, de 2005, com apenas duas músicas, Odeio Rodeio e Brega. Para o show de quinta-feira, portanto, haverá canções como Béradêro, Mama África, Mand‘ela, Esta, À Primeira Vista e Benazir.

Esta não é a primeira vez que Chico César aporta na unidade São Caetano. No ano passado, ele esteve no local para lançar seu primeiro livro, Cantáteis – Cânticos Elegíacos de Amozade, uma espécie de cordel pós-moderno, levado às prateleiras pela Editora Garamond.

Chico César – Show. Quinta-feira, às 20h. No Sesc São Caetano – r. Piauí, 554. Tel.: 4223-8800. Ingr.: R$ 15, R$ 10 (usuário matriculado) e R$ 5 (comerciários, estudantes, aposentados, maiores de 60 anos e professores da rede pública).