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Tradição de malhar Judas fica cada vez mais vazia
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
12/04/2009 | 07:32
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A tradição de malhar o Judas no sábado de Aleluia tem perdido sua essência ao longo dos anos e já não aglomera muita gente para o ato de surrar um boneco do tamanho de um homem e atear fogo.

O que começou com uma representação de uma punição ao apóstolo - acusado de trair Jesus ao o entregar aos romanos - se transformou, com os anos, em oportunidade de protestar contra injustiças.

Mesmo com o enfraquecimento do ritual, o vendedor Wanderley Vicente Ferreira, 54 anos, de Santo André, não deixa de manifestar sua opinião e da comunidade do entorno da Rua Fernando Prestes, no Centro. Sábado, ele colocou fogo no boneco protestando contra a falta de educação e responsabilidade de dezenas de motoristas, que além de dirigirem errado colocam a vida dos pedestres em risco. "Ao longo dos mais de 44 anos que faço a queima do Judas já coloquei pedidos de vários tipos. Protestos políticos foram vários", disse o homem que confecciona o boneco em um dia. "Hoje em dia a maioria das pessoas pensam que o boneco e de propaganda."

Outro lugar que a tradição se mantém é na Rua Lavapés, no bairro do Cambuci, em São Paulo. Sábado, vários bonecos foram malhados. Além de políticos, também foram representados nos bonecos o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de assassinar a menina Isabella Nardoni. (Com agências)




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