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Bolsa volta a brilhar após flutuar em fevereiro e março
Por Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
22/04/2006 | 08:24
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O desempenho do mercado financeiro na 1ª quinzena de abril tem fortes semelhanças com o verificado em janeiro deste ano, quando os investimentos em ações predominaram sobre os demais ativos do sistema financeiro. Só neste mês, o Ibovespa já subiu 5,23%. Para se ter uma idéia, no mundo, apenas o índice Merval, da Argentina e o Hang Seng, de Hong Kong, tiveram valorização superior, de 6,24% e 6,49% respectivamente.

Quando a bolsa vai bem, conseqüentemente os fundos que aplicam em ações acompanham tal desempenho. Não é por outro motivo que os cinco fundos de investimentos mais rentáveis do mês são indexados a papéis negociados na bolsa paulista, com destaque para o Fundo de Ações IBX Ativo com Alavancagem, que rendeu 9,58% no período, ou quase o dobro do Ibovespa. Apesar do nome pomposo, esse fundo aplica o dinheiro do investidor nas 100 ações mais negociadas da bolsa, cujo mercado tem 338 papéis ativos.

Mapa da mina – Após a troca de ministros na área econômica, da acomodação da agenda eleitoral (Lula versus Alckmin e Serra para o Governo do Estado de São Paulo), e a decisão do FED (o Banco Central americano), de relaxar o ajuste de juros nos EUA, o principal investidor do mercado de ações brasileiro, o estrangeiro, voltou às compras. E isso está ocorrendo em cima de papéis como os da Petrobras, Vale do Rio Doce, de empresas de telecomunicações e energia elétrica.

Só as ações preferenciais – sem direito à voto – da Petrobras já subiram 8,23% no mês. No ano, O IEE (Índice de Empresas de Energia Elétrica) da Bovespa valorizou-se 21,5%.

São fatores como esses que estão direcionando uma parcela da liquidez em mãos dos investidores para apostas de maior rentabilidade em ações, ante o CDI, que projeta rendimento bruto nominal de 1,91% – para aplicações em renda fixa – até o final do mês (e de 16,4% até o fim do ano). Em termos comparativos, só o Ibovespa já rendeu 19,37% entre 31 de dezembro e 20 de abril.

O que desaponta mesmo é o desempenho do dólar, que exibe queda de 2,67% em abril e de 9,67% no ano.



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