A inclusão na lista negra, criada em 2001 pela UE, implica a imediata colaboração da polícia e de autoridades judiciais dos Estados membros para perseguir as organizações acusadas de terrorismo. Em um comunicado conjunto os ministérios das relações exteriores e do interior anunciaram que vão submeter a proposta de inclusão em "breve prazo" aos órgãos competentes da UE.

Na lista européia de organizações terroristas figuram grupos conhecidos da Irlanda do Norte, Espanha, Grécia, diz o comunicado.

"O governo italiano confirma assim sua vontade de lutar com vigor contra qualquer atividade terrorista", afirma o comunicado que aponta as ações cometidas contra instituições da UE, como contra o presidente da comissão européia, o italiano Romano Prodi, Europol (polícia), Eurojust (justiça) e o Banco Central Europeu (BCE), que receberam pacotes-bombas.

As Brigadas Vermelhas, organização armada de extrema-esquerda que foi muito ativa durante a década dos anos 70, cometeu numerosos atentados na Itália, entre eles o seqüestro e posterior assassinato em 1978 do líder da Democracia Cristã, Aldo Moro. O Estado italiano conseguiu desmantelar a organização, que reapareceu no final dos anos noventa sob a denominação de "novas Brigadas Vermelhas".

Ao novo grupo se atribui a morte de um assessor do precedente governo de centro-esquerda e de outro assessor do atual governo liderado por Silvio Berlusconi.