O Ministério das Cidades anunciou, ontem, o financiamento de projeto habitacional para construção de 300 moradias em Diadema. O município foi o único do Grande ABC a ser contemplado pelo governo federal em contratação de cerca de 54 mil unidades em todo o País. No Estado, 105 cidades foram beneficiadas com o investimento da União.

A proposta aprovada pelo governo federal prevê construção de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida no Jardim Inamar. O valor do projeto não foi divulgado.

De acordo com o Ministério das Cidades, a partir da seleção da proposta, o projeto de Diadema, assim como os demais aprovados em todo o País, passará por análise da instituição financeira escolhida para custear a construção das moradias, com vistas à contratação de empreendimentos para aquisição de imóveis com recursos oriundos da integralização de cotas no Fundo de Arrendamento Residencial.

Para isso, empresas proponentes das operações, no caso de Diadema a Construtora e Incorporadora Faleiros Ltda, de São Paulo, terão prazo de até 180 dias para apresentar os documentos necessários. O cronograma para contratação e início das obras será divulgado posteriormente.

“(Esse projeto de contratação) representa a retomada efetiva do programa (Minha Casa, Minha Vida), por meio do processo de reorganização financeira e da democratização do atendimento às famílias em diversas regiões do País”, disse o ministro das Cidades, Bruno Araújo, durante solenidade realizada ontem, em Brasília.

A seleção de mais de 100 projetos para construção de moradias no Estado, prevista pelo secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia (DEM), na semana passada, deve beneficiar diretamente integrantes do MTST (Movimento de Trabalhadores Sem-Teto).

Isso porque, segundo Garcia, com o destrave desses projetos, o Estado já consegue pensar em apoiar novos pleitos de moradia na Região Metropolitana de São Paulo, incluindo a demanda apresentada por lideranças da Ocupação Povo Sem Medo, instalada desde o dia 2 de setembro em área privada no bairro Assunção, em São Bernardo.

A expectativa é que representantes do Estado e lideranças do MTST se reúnam na sexta-feira para tratar sobre o assunto.