Um guarda municipal de São Caetano se matou dentro de um carro da própria Guarda após tentar assassinar a tiros a ex-namorada, segunda-feira pela manhã, em Santo André. O motivo foi o término do namoro.

Por volta das 9h30, Mário Sérgio Paulino, 38 anos, chegou ao consultório dentário onde M.V.G, 26, trabalha como secretária, na Avenida Industrial, em Santo André. Ao ouvir a campainha, a secretária levantou para atender o provável cliente. Ao abrir a porta e se deparar com o ex-namorado armado, ainda tentou fugir e avisar os colegas. Ela fechou a porta rapidamente e gritou que o ex estava armado. Paulino, então, conseguiu arrombar a porta com um chute e entrou no consultório.

Acuada, a vítima apenas se agachou. Sem dizer uma palavra, o guarda atirou três vezes, acertando um dos tiros na cabeça da ex-namorada e outro nas costas. Para Paulino, sua vingança não estava completa. Ele ainda chutou a mulher no chão, levou a arma à própria boca e apertou o gatilho, mas o revólver falhou. O guarda fugiu e a vítima ainda conseguiu dizer que ele era o seu ex-namorado.

Paulino entrou no Parque Celso Daniel. Os guardas perceberam o seu nervosismo e o abordaram. Alegando passar mal, pediu para que chamassem apoio da Guarda Municipal de São Caetano, da qual fazia parte, mas estava afastado havia alguns meses para tratamento psiquiátrico.

Surto - Os guardas de São Caetano chegaram logo e como ainda ninguém sabia da ligação de Paulino com o crime na Avenida Industrial, o levaram para sua casa, no bairro de São Mateus, na zona Leste de São Paulo. Em casa, a família pediu aos guardas que o levassem ao hospital. Ele teve um surto e começou a xingar os parentes. A família pediu, então, que o levassem para a base da Guarda, em São Caetano.

Às 12h40, no trajeto até a base no carro da Guarda, uma mensagem pelo rádio avisava os guardas que ele deveria ser levado para a delegacia de Santo André, pois era suspeito de uma tentativa de homicídio. Segundo um dos guardas que estava no carro, não deu tempo nem de trocar uma palavra. Paulino pegou um revólver que estava escondido na sua bolsa, levou à boca e puxou o gatilho. Dessa vez a arma funcionou e ele morreu na hora.

A ex-namorada não corre risco de morte, o que foi considerado pela própria polícia como um milagre. De acordo com policiais, a munição usada por paulino era velha e por isso não teve força para atravessar o crânio da secretária, que passaria por cirurgia na noite de segunda-feira.