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S.Bernardo quer zerar espera por endoscopia
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
11/04/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 A partir de amanhã, todos os exames relacionados à endoscopia da rede municipal de São Bernardo, sejam eles agendados ou oriundos do pronto atendimento, passam a ser realizados em setor específico localizado no HC (Hospital de Clínicas), no Alvarenga. A transferência do serviço, antes concentrado no PS (Pronto-Socorro) Central e no HMU (Hospital Municipal Universitário), significa também ampliação do número de procedimentos feitos – passará dos atuais 250 a 300 exames por mês para a meta de 500 mensais. A ação integra o programa Saúde Prioridade, com expectativa de zerar a fila de espera por atendimentos do tipo – na casa dos 1.500 munícipes – em até 90 dias.

Em visita ao HC na tarde de ontem, o prefeito Orlando Morando (PSDB) destacou que a ampliação do serviço de endoscopia demandou apenas otimização do espaço e da mão de obra existentes, e nenhum investimento financeiro. “Não tivemos de comprar nenhum equipamento, todos eles estavam aqui, sem uso, encaixotados. Esse material foi comprado com recursos do governo do Estado (R$ 40 milhões) e poderiam estar funcionando há muito tempo. O único custo que vai haver é com mão de obra, mas isso é por meio da Fundação (FUABC – Fundação do ABC – instituição responsável por gerir o Hospital de Clínicas)”, diz.

O centro de exames é composto por cinco salas, sendo três para a realização dos procedimentos, uma para o preparo do paciente e outra para recuperação. A expectativa é a de que sejam feitos 22 atendimentos por dia, entre endoscopias, colonoscopias e broncoscopias. Conforme a administração, os médicos e enfermeiros da rede municipal passaram por treinamento para que consigam atuar na nova estrutura. “Temos equipe bem formada e tropa motivada. Todos os quase 9.000 profissionais da Saúde estão focados em ajudar a cidade”, salienta Morando.

Lançado no fim de março, o Saúde Prioridade tem o objetivo de zerar a demanda reprimida por procedimentos médicos na cidade em até 120 dias. Pelas contas do governo, há fila de espera por 70 mil procedimentos atualmente, sendo 49.575 consultas e 21.051 exames.

OCIOSO

A transferência dos serviços de endoscopia para o HC é também maneira de ampliar o uso do hospital, que consome R$ 7 milhões ao mês dos cofres municipais e tem apenas 40% de sua estrutura ativa, conforme balanço da nova gestão. Dos 257 leitos disponíveis desde a inauguração do equipamento público, em dezembro de 2013, apenas 110 estão em pleno funcionamento. Além disso, dos três setores de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) – com 20 leitos cada –, apenas um está sendo utilizado.

A construção do HC consumiu R$ 240 milhões dos cofres municipal, estadual e federal. A meta do governo anterior, chefiado por Luiz Marinho (PT), era fazer com que o equipamento funcionasse em sua plenitude até o fim de 2014.




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