A revelação foi feita pelo último estudo de caracterização do perfil socioeconômico dos usuários de Metrô e de seus hábitos de viagem no período de 2001 a 2003. A pesquisa, que é realizada a cada dois anos, revela ainda que desse universo (masculino), 84% são usuários habituais, já que utilizam o transporte mais de três dias na semana, e 65% deles fazem as viagens exclusivamente a trabalho.
O estudo também mostra que as mulheres representam 46% dos usuários do transporte. Elas têm um nível de instrução um pouco maior que os homens, ganhos mais baixos e usam, mais do que eles, o transporte metroviário para tratamento de saúde.
Os jovens — faixa etária entre 14 e 24 anos — constituem 29% da demanda do Metrô. De acordo com a pesquisa, a maioria circula na linha 1 (Azul: Jabaquara-Tucuruvi), 53% utilizam o sistema metroviário a trabalho e 23% para ir à escola, sendo que 58% deles custeiam a viagem.
Já os idosos são os que menos andam de Metrô. Eles representam apenas 7% da demanda, sendo a maioria homens. Os rendimentos familiar e individual estão em cerca de quatro salários mínimos e 40% desses idosos utilizam esse transporte para trabalhar
No Metrô, a queda dos rendimentos é compensada, em parte, pelos subsídios recebidos pelos usuários para seu uso. Do total de deslocamentos, 49% são custeados integralmente ou parcialmente pela empresa/patrão. Graças a esse benefício, o gasto médio mensal com os transportes está em cerca de R$ 80.
Pela primeira vez, o estudo referente ao período 2001-2003 pesquisou os usuários de finais de semana para verificar se há alguma diferença entre aqueles que usam o Metrô nos dias úteis e os usuários ocasionais, nos finais de semana. Constatou-se a presença maior de usuários não habituais (30% contra 16%), porque as viagens por motivo de trabalho ficam no patamar de 41%, sendo que nos dias úteis chegam a 65%. As viagens a passeio/visitas são superiores nesses dias (26%, sendo 3% nos dias úteis).
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