Eleições 2016 Titulo Prefeituráveis
Um terço dos prefeituráveis é do PT, PSDB ou PMDB

Partidos com maior representatividade no
País concentram 17 dos 50 candidatos na região

Por Fábio Martins
Diário do Grande ABC
26/09/2016 | 07:00
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Divulgação


Legendas com maior representatividade política no País, PT, PSDB e PMDB centralizam 17 das 50 candidaturas a prefeito no Grande ABC, o equivalente a um terço do total de nomes da disputa eleitoral majoritária. O índice representa 34% da lista regional – os petistas são os únicos que apresentaram postulantes ao Paço nas sete cidades, berço da sigla, enquantos tucanos e peemedebistas têm cinco opções cada. Dentro deste contexto de contraste, o trio contém número superior a de 17 partidos nanicos, com espaço inexpressivo no Congresso Nacional, que, juntos, lançam 11 quadros na concorrência de outubro, correspondendo a 22% do rol completo.

PT, PSDB e PMDB duelam diretamente em quatro cidades (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Rio Grande da Serra) e não há apoio entre si no restante da região. 

No levantamento dos classificados como nanicos, apenas oito partidos (PRTB, PEN, PMN, PPL, PSL, PMB, PSTU e PCO) integram o cenário que aposta em projeto solo. Outros, a exemplo de Pros, PHS, PTdoB, PTN, PRP, PSDC, PTC, PCB e Novo, estão de fora de qualquer corrida. O PSTU, por sua vez, ratificou três pleiteantes no páreo, com Cesar Raya, em São Bernardo, Ivanci dos Santos, em Diadema, e José Lima, em Ribeirão Pires. O PMB, recém-criado, debutará com dois nomes, sendo uma em Ribeirão, com a vice-prefeita Leo da Apraespi, e outra em Rio Grande, com o ex-petista Cleson Alves. As demais legendas têm uma candidatura cada. 

Ribeirão e Diadema são as que mais concentram empreitadas próprias com este prisma: três postulantes. Além dos dois já mencionados no município ribeirão-pirense, o PSL, de Carlos Sacomani, o Banana, está também inserido no quadro. Já em solo diademense, Silvino Roque Neto, o Russo (PMN), e Vandival Ferreira (PCO) compõem o restante das alternativas nesta seara, que, em sua maioria, detém pouca visibilidade na disputa majoritária. Em São Caetano, onde a vice-prefeita Lucia Dal’Mas saiu do PMDB para ser oposição pelo PRTB, o prefeiturável Gilberto Costa (PEN) é aquele que aparece em melhor posição nas pesquisas de intenções de voto entre esses ‘azarões’. Está em quarto colocado, com 7,3%, na sondagem do DGABC Pesquisas. 

Cientista política, a professora da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) Maria do Socorro Sousa Braga pontuou que o índice de representantes nanicos na majoritária pode ser avaliado como “razoável”. “Embora tenham pouca projeção na mídia, a proposta deve ser tentativa de ocupar espaço em momento de gravidade, de alta rejeição de partidos mais tradicionais, porque a disputa normalmente é desproporcional. Com isso, buscam impacto da conjuntura nacional, no qual estão os grandes afetados na Operação Lava Jato.”

Por outro lado, na concorrência proporcional, os papeis se invertem de lado. PT, PSDB e PMDB, somados, formalizaram 496 candidatos à vereança, registrados junto à Justiça Eleitoral. O que chama a atenção é que os mesmos partidos nanicos, citados acima, oficializaram 1.136 nomes na briga por cadeira nas Câmaras, o que evidencia o carro-chefe das forças políticas. O PTdoB tem 134 postulantes ao Legislativo, dez a mais que o PHS, ambos sem nenhum nome a prefeito. “Essa disparidade pode ser vista como a dificuldade para atravessar o quociente (eleitoral)”, sustentou Maria do Socorro.

Os partidos Novo e PCB não apresentaram nomes como alternativa eleitoral para a disputa majoritária, bem como à concorrência proporcional no Grande ABC. A primeira legenda, de linha liberal, foi criada há um ano com a proposta de enfrentar os pleitos sem amarras políticas, mas nesta primeira oportunidade mostrou que o plano ainda engatinha. Em paralelo e lados opostos, o PCB, por sua vez, é uma das siglas mais antigas do País, com fundação em 1922, passando pelo período de clandestinidade, mas do mesmo modo também está fora do quadro. 

O PCO, curiosamente, lançou somente candidatura à Prefeitura, colocando o nome de Vandival Ferreira em Diadema, só que não há sequer um postulante por vaga no Legislativo registrado na Justiça Eleitoral.




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