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Selecionáveis do polo visitam o Sesi
Por Anderson Fattori
26/09/2016 | 07:00
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Divulgação


 Grande parte dos jovens sonha conversar com um atleta olímpico, matar curiosidades e ouvir experiências. Se esse atleta for seu ídolo no esporte de sua preferência, o dia se torna inesquecível. Foi justamente esse encontro que ocorreu entre jogadores profissionais de polo aquático e estudantes do Sesi de Santo André, que conta com escolinhas da modalidade. Rudá e Braga, da Seleção Brasileira, e Tony Azevedo, que nasceu no Rio de Janeiro, mas joga pelos Estados Unidos, estiveram na unidade Prefeito Saladino para tirar dúvidas dos fãs.

Carinhosamente saudado por plateia especializada, o trio respondeu questões capciosas. Os atletas da Seleção Brasileira, por exemplo, tiveram de expor como foi a convivência com o croata Ratko Rudic, melhor técnico do mundo, que dirigiu o Brasil na Olimpíada do Rio. “Acho que todos os jogadores tiveram vontade de desistir por conta da rigidez dos treinos. Eram oito horas por dia e nem o celular podíamos usar para descontrair. Foi um período difícil”, contou Braga, 27 anos.

Um dos brasileiros mais experientes nos Jogos, Rudá, 30, viu o encontro como bom para os dois lados. “Essa interação é importante para eles pelo contato e para nós, para conhecermos a responsabilidade que temos. Não tive isso quando jovem. Motiva bastante.”

Tony Azevedo, 35, contou que se apaixonou pelo polo aquático em 1996, quando viu pela TV a Olimpíada de Atenas. “Era um jovem como vocês (estudantes) e o legado que os Jogos deixou foi esse. Fiquei entusiasmado ao assistir às partidas e decidi que iria jogar”, disse ele, prata em Pequim-2008.

Maior potência do mundo, curiosamente, Estados Unidos e Brasil possuem a mesma dificuldade para desenvolver a modalidade. Tanto lá quanto cá existem ótimos atletas, mas o apoio dos clubes ainda é pequeno.

"Nos Estados Unidos não tem clube. Para jogar fui para Itália, depois fui para Croácia e Montenegro. Eles priorizam outras modalidades. Meu sonho é começar uma liga profissional para que os jogadores continuem lá. Penso em fazer isso aqui no Brasil também”, disse Tony, que é filho de pai brasileiro.

INTERCÂMBIO
Enquanto o sonho de organizar uma grande liga profissional no Brasil não vira realidade, a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) naturalizou jogadores para defender o Brasil na Olimpíada. A manobra deu resultado, a Seleção terminou na honrosa oitava posição, mas para os atletas o intercâmbio não foi muito explorado.

“Trazer os estrangeiros aumentou o nível da equipe, fizemos jogos de igual para igual com potências, mas aproveitamos pouco. Só passaram (ensinamento) para nós da Seleção. Acho que isso poderia ter sido melhor utilizado, fazendo clínicas pelo País”, sugeriu Rudá.




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