``Estou convencido de que escutaremos declaraçoes, como veremos medidas necessárias para estabilizar o mercado' durante a reuniao de Viena, assinalou Rodríguez depois de um encontro com o Ministro norueguês de Petróleo e Energia, Olav Akselsen.

Em virtude de um novo mecanismo de controle dos preços, a OPEP decidirá provavelmente domingo um aumento de 500 mil barris por dia de sua produçao global, estimam os analistas, que contudo assinalam que um aumento desse tipo será insuficiente para desinflar o preço do barril, que alcançou recentemente os US$ 35.

Rodríguez, que é o Ministro venezuelano de Petróleo e Minas, precisou que as próximas medidas nao superarao ``o limite do que a OPEP pode fazer' e rechaçou uma parte da responsabilidade do nível elevado dos preços sobre os países consumidores.

A pressao fiscal sobre os produtos petroleiros é de 72% em certos países, enquanto o preço do petróleo bruto só representa 12% do preço pago pelo consumidor, reiterou Rodríguez.

A reduçao dos preços é ``uma responsabilidade que deve ser compartilhada tanto pelos países consumidores como produtores', estimou Rodríguez, que realiza deste domingo até quarta-feira uma visita à Noruega.

A Noruega, que nao pertence à OPEP, é um dos principais países exportadores de petróleo do mundo. Entretanto, com 3,3 milhoes de barris por dia, o reino escandinavo está ``produzindo em ritmo pleno', lembrou Akselsen, descartando a eventualidade de um novo aumento.

O preço do petróleo no mercado de Londres, para entrega em outubro, valia US$ 32,15, em comparaçao com os US$ 31,85 no fechamento sexta-feira.