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Pobreza deve estagnar na América Latina até 2015
Por Do Diário OnLine
Com Agências
23/04/2004 | 08:57
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Os níveis de pobreza na América Latina vão permanecer estagnados até 2015, segundo previsão do Bird (Bando Mundial) divulgadas nesta sexta-feira. O número absoluto de pobres na região deve variar de 50 milhões, em 2001, para 46 milhões, em 2015.

Segundo o relatório do Bird, o número de latinos vivendo com menos de US$ 1 ao dia aumentou de 49 milhões em 1990 para 50 milhões em 2001. O percentual da população em pobreza absoluta vem recuando de forma lenta: 11,3% em 1990 para 9,5% em 2001. O progresso lento continuará na próxima década: em 2015, o percentual cairá apenas para 7,6%, segundo as previsões do Banco.

O presidente do Bird, James Wolfehnson, diz que o problema da América Latina é a excessiva concentração de renda na região. Apesar dos números ruins, ele mantém o otimismo com o Brasil.

“Não acho que a América Latina seja incapaz de reduzir a pobreza, não desisti da América Latina (...) Mas é preciso mudar as regras” , disse referindo-se aos esforços para reduzir desigualdades entre as camadas mais ricas e mais pobres da população. Wolfehnson acredita que o sucesso das políticas sociais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será importante para toda região, e lembrou que uma mudança na distribuição de renda não ocorrerá “do dia para a noite”.

Por outro lado, China e Índia, com suas altas taxas de crescimento econômico, têm sido mais eficientes na redução da pobreza absoluta e lideram a melhora dos indicadores mundiais. O número absoluto de pobres na China (também com o critério de menos de US$ 1 ao dia) recuou de 377 milhões em 1990 para 212 milhões em 2001, e despencará para 41 milhões em 2015.

Percentualmente, o país reduziu a pobreza absoluta de 33% em 1990 para 16% em 2001. O progresso futuro é ainda mais expressivo: em 2015 apenas 3% da população chinesa viverão na pobreza.




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