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Como dar o devido valor ao recurso água
Por Do Diário do Grande ABC
31/12/2014 | 07:00
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São Paulo está enfrentando a pior seca dos últimos 80 anos, situação essa agravada pelo fato da população atual ser muito maior do que a do passado. “As pessoas devem entender que a água já não é um recurso tão abundante, quase infinito como se pensava e, atualmente, dependemos muito das condições da natureza”, avalia o pesquisador e professor livre docente da USP (Universidade de São Paulo), José Carlos Mierzwa, durante entrevista concedida ao programa de TV do SIMPI, A Hora e a Vez da Pequena Empresa. Para ele, se houver a normalização da precipitação de chuvas, a recuperação dos mananciais para um nível considerado “confortável” deverá levar cerca de três anos.

O pesquisador explica que não há um único caminho para resolver a crise hídrica, sendo necessárias várias medidas para que situações como essa não se repitam. Uma delas, de alcance da população, é o uso racional desse recurso. “No mercado existem diversos produtos, como duchas e vasos sanitários, que foram projetados para reduzir o consumo d’água, sem prejudicar a qualidade de vida”, afirma Mierzwa, que também destaca a utilização da “água de reuso” como forma de potencializar essa economia.

Outro grande problema relatado pelo pesquisador são as perdas geradas por vazamentos que, no Brasil, representam cerca de 40% do total da água distribuída. “Investimentos nas redes são os mais elevados e, por isso, é muito importante o correto planejamento do uso e ocupação do solo”, esclarece Mierzwa. De fato, com o crescimento das cidades, muitas vezes as casas acabam cedendo espaço para os prédios, gerando a necessidade do aumento da pressão d’água na rede de distribuição que, por sua vez, eleva o nível desses vazamentos.

Ainda, de acordo com o professor, há outras medidas que podem e devem ser implementadas, como fontes alternativas de recursos hídricos, mudança de legislação para uso e exploração das águas subterrâneas e a despoluição dos rios, assunto esse que será abordado em breve, numa próxima coluna.

Mais um capítulo da novela chamada eSocial

O eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas) é um dos mais ambiciosos projetos governamentais de controle dos contribuintes, que condensará, num único portal de informações, todas os dados das empresas, relativas à folha de salários, autônomos, terceiros e medicina do trabalho. Foi instituído pelo decreto nº 8.373 da presidente Dilma Rousseff e publicado no Diário Oficial da União em 12 de dezembro, prometendo que, agora, vai sair do papel.

Segundo Piraci de Oliveira, um dos especialistas jurídicos do SIMPI, serão mais de 40 obrigações sociais que passarão a ser digitalizadas em substituição ao meio atual. “As microempresas e empresas de pequeno porte, assim como o MEI (Microempreendedor Individual), deverão transmitir essas informações em um sistema simplificado”, explica o advogado.

A substituição do modelo atual de apresentação dos dados pelo eSocial, caso não ocorra outro adiamento, está prevista para o próximo ano. “É inegável que, nos primeiros meses, o imbróglio seja enorme. Por isso, todas as empresas devem se preparar desde já, antes mesmo que se estabeleça a data de início”, alerta o especialista. 




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