Setecidades Titulo São Bernardo
Prefeitura interdita parte
do velório da Vila Euclides

Após a denúncia do Diário, a administração colocou tapumes
em quase toda extensão da varanda para evitar sobrepeso

Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
31/01/2013 | 07:00
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Após denúncia do Diário, a Prefeitura de São Bernardo interditou a parte frontal do velório municipal da Vila Euclides. Nos primeiros dias do ano, as lajes de uma varanda e da cobertura do primeiro andar cederam e foram escoradas de forma improvisada com apoios metálicos. O prédio foi inaugurado em julho e custou R$ 1,3 milhão.

Para evitar sobrepeso, a administração colocou tapumes em quase toda a extensão da varanda. Apenas um dos cantos está liberado, pois serve de passagem à rampa por onde são transportados os caixões. A parte de baixo da laje também está bloqueada, assim como o acesso inferior à rampa. Para que as urnas funerárias cheguem ao pavimento superior, é utilizada a passagem em nível intermediário. Segundo funcionários, até 300 pessoas chegam a frequentar o local ao mesmo tempo.

Apesar da colocação dos tapumes, nada foi feito para conter a acomodação das lajes superiores, que estão visivelmente inclinadas para baixo. Uma das escoras colocadas na ponta da varanda já está torta. Entre os apoios e o teto, foram colocados pedaços de madeira. Outra reclamação dos visitantes era a qualidade da grade, frouxa e com grandes espaços, o que colocava em risco crianças que brincavam pelo local.

No andar inferior, não é possível visualizar se as escoras ainda estão segurando a laje, já que os tapumes impedem completamente a visibilidade. Há duas semanas, a estrutura também era mantida de forma improvisada pelos metais. Ainda é possível ver rachaduras nas paredes externas e internas. As fendas possuem pequena espessura, mas são grandes em extensão.

O único reparo feito desde a última visita da equipe do Diário ao local, no dia 17, foi o conserto do teto da sala de velório número 3. A infiltração fez com que um buraco fosse aberto no forro de gesso. Para armazenar a água que escorria, funcionários colocaram balde embaixo da abertura.

Há duas semanas, a Prefeitura havia dito que havia solicitado consultoria para verificar meios para eliminação de problemas e que "tais medidas de obras, se necessárias, serão (seriam) encaminhadas até o final de janeiro". A administração municipal diz agora que "em nenhum momento afirmou que todos os reparos seriam realizados até o final deste mês".

Segundo o Executivo, a laje está estável, sem risco de queda. Por esse motivo, a área para transporte dos caixões continua liberada. Os tapumes, segundo versão oficial, "foram colocados para impedir que as pessoas não tivessem contato com escoramento metálico ou os mesmos pudessem ser removidos indevidamente". A Prefeitura informa ainda que recebeu ontem o projeto de reforço estrutural e que "será programado o início dos reparos o mais rápido possível".




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