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Após caos, transporte é normalizado em Mauá

No sábado, quatro novos ônibus foram incendiados e outros três depredados pela manhã

Cadu Proieti
21/10/2013 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Após sete ônibus serem destruídos na manhã de sábado –quatro incendiados e três depredados –, o funcionamento do transporte coletivo de Mauá foi normalizado. Segundo policiais militares que estavam no Terminal Central de prontidão ontem, a circulação dos veículos ocorreu como de costume em todo o domingo.

Os carros que foram incendiados, até o fechamento desta edição, continuavam próximos à estação Guapituba. Segundo a Prefeitura, os veículos deverão ser removidos hoje, já que há dificuldades de locomoção dos mesmos por estarem sem pneus.

A Prefeitura fará reunião hoje com o gabinete de gestão de crise – que envolve as polícias Civil e Militar e foi criado para intervir nos atos contra os coletivos – para saber quais serão os próximos passos da investigação sobre as causas da destruição dos ônibus.

Os coletivos que foram alvo de vandalismo eram da companhia Suzantur, que foi contratada de forma emergencial pela administração municipal e colocava pela primeira vez a frota na rua. Na sexta-feira, o Executivo rescindiu contrato com as empresas Leblon e Viação Cidade de Mauá, que operavam o transporte público municipal.

No entanto, as duas concessionárias continuam em operação na cidade por meio de liminar que obtiveram na Justiça. O despacho proíbe, por enquanto, a Prefeitura de contratar nova empresa do ramo para realizar o serviço. A administração municipal informou que vai recorrer da decisão judicial, e, a partir de hoje, departamento jurídico do Executivo vai tentar derrubar a liminar.

De acordo com o prefeito Donisete Braga (PT), o rompimento de contrato ocorreu devido a fraudes constatadas no sistema de transporte da cidade pelas atuais concessionárias. Segundo o chefe do Executivo, havia irregularidades no sistema de bilhetagem, horários e cumprimento de contrato. Por isso, a administração abriu licitação para, no máximo, em seis meses contratar novas empresas do ramo. O objetivo de Donisete é implementar novo modelo de transporte na cidade.

Por conta das infrações citadas pelo prefeito, as duas empresas foram multadas: a Leblon em R$ 12 milhões e a Viação Cidade de Mauá em R$ 8,4 milhões.

Procurada pelo Díário, a Leblon comunicou que repudia os atos de vandalismo, e que possui liminares na Justiça que garantem sua operação integral.

O empresário Baltazar de Sousa Junior, um dos representantes da Viação Cidade de Mauá, afirmou que também possui garantia judicial para colocar os ônibus da empresa em operação. Ele disse estranhar a vontade da Prefeitura em colocar outra operadora na cidade, já que isso vai contra uma decisão (provisória) da Justiça.

 

INVESTIGAÇÃO

 

Funcionários, ex-funcionários, usuários e as empresas estão sendo convocados a dar depoimento sobre a destruição dos ônibus no sábado. O inquérito já foi instaurado. Não houve feridos durante os atos de vandalismo.




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