Em crise com PT, grupo governista se prepara para apostar em Ramon para chefiar Parlamento
A atuação do G-12 (grupo de 12 vereadores governistas) na Câmara de São Bernardo vai além da busca por autonomia junto à bancada do PT. O grupo vislumbra indicar um nome para disputar a presidência da Câmara no fim de 2014.
O vereador Ramon Ramos (PDT), um dos líderes do bloco, aparece como favorito na bolsa de apostas para disputar a sucessão do chefe do Legislativo, Tião Mateus (PT). O pedetista tem desconversado, alegando que duelar pelo comando da Câmara “não está em pauta.”
O grupo também cogita indicar representante para ser líder do governo na Câmara, mas a tendência é de permanência de José Ferreira (PT), que tem atuação bastante questionada pelos parlamentares.
Representado por nove siglas no Legislativo, G-12 possui três integrantes na mesa diretora da Casa: o vice-presidente Fábio Landi (PSD) e Mauro Miaguti (DEM) e Gilberto França (PMDB), como primeiro e segundo secretários, respectivamente. O bloco ainda conta com José Walter Tavares (PCdoB), que presidiu o Legislativo são-bernardense nos biênios 1999-2000 e 2001-2002.
Os aliados comentam que não há acordo de alternância com os petistas, mas o bloco tem se mostrado unido em seus objetivos, como na pressão realizada sobre o Executivo, exigindo mudança na postura de Zé Ferreira, considerado pouco democrático.
A insatisfação deu início à queda de braço entre o articulador indicado pelo prefeito Luiz Marinho (PT) e o grupo, que sinalizou complicar a governabilidade do petista na Câmara. Para amenizar a situação, Marinho se reuniu na sexta-feira com o G-12, ouviu reclamações e se comprometeu a conversar com os oito representantes do PT no Parlamento para resolver o impasse.
Na semana passada, a convivência entre as duas alas foi tensa. Na terça-feira, aliados não participaram da reunião da base governista, que antecede os trabalhos legislativos, numa clara demonstração de descontentamento com os petistas. Já na sessão de quarta-feira, Zé Ferreira repetiu a manobra de antecipar a votação de projetos de interesse dos correligionários, irritando os apoiadores do prefeito. Houve até bate-boca na Casa.
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