Com a certeza de que as coisas mudaram em sua vida, e para melhor, Rodriguinho volta às prateleiras com 'O Mundo dá Voltas' (Som Livre, preço médio R$ 17), disco que traz punhado de participações especiais e ousado projeto audiovisual para complementar as canções do CD.

Assumindo cada vez mais sua porção autoral, o pagodeiro assina sete faixas do disco, quatro em parceria com Thiaguinho e as demais com outros amigos. Para ele, o projeto está tão linkado à sua vida que dez videoclipes de dez canções serão feitos como se fossem parte de um filme autobiográfico. A primeira canção, homônima ao álbum, já tem vídeo no ar. “Adequamos as músicas para que juntas formassem uma história e as coisas foram acontecendo naturalmente. Na realidade, apenas a música 'O Mundo dá Voltas' é considerada uma autobiografia. O resto é um misto de ficção com momentos que vivi”, conta Rodriguinho.

“Hoje, tenho a carreira que sempre quis ter, trabalho com o que gosto e sempre lutei muito para ter tudo o que tenho. Me sinto completo sendo, além de cantor, produtor e compositor”, revela ele, que acredita que estará inteiramente exposto para o público no DVD da obra, que será lançado no próximo mês. “Estou em uma fase mais madura da minha carreira. Acho que a qualidade deste trabalho mostra muito isso. Quem ouvir e assistir ao DVD terá a oportunidade de me conhecer melhor. Este trabalho vem em forma de um curta-metragem e na minha opinião é o meu melhor”, completa.

Além de canções românticas, Rodriguinho apresenta composições que flertam com o samba, a black music e o rap. Entre as participações especiais, há gente como MV Bill, Pregador Luo, Naná Damasceno e Thiago Martins.

O trabalho é aberto em tom de comedimento, com a faixa título, que conta a história de um garoto que sempre foi desprezado, principalmente pela garota de quem gostava, mas que dá a volta por cima. Em seguida, o leque é aberto para muito samba e pagode flertando suavemente com outros gêneros. O cancioneiro romântico assume forma com a balada 'Me Entreguei Demais' e 'Desde Quando me Deixou'. O espaço para a dança fica com 'Sai Pra Lá'.

A experiência de ter trabalhado com várias pessoas de diversos gêneros musicais, segundo ele, pluralizaram o resultado do disco. “Acho que este álbum é um misto, tem muita coisa nova, mas não perde a essência do que sempre fiz. Continua com muito swing e uma pegada bem bacana. O grande diferencial é o fato de ter nove participações especiais.”