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Imagens da cidade que não existe mais
07/06/2005 | 08:40
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Uma cidade que não existe mais, retratada de modo obstinado por um aventureiro fotográfico. É o que salta aos olhos das panorâmicas produzidas entre 1903 e 1936 por Augusto Malta, o primeiro fotógrafo oficial da prefeitura do Rio. São 115 negativos e 4 positivos, em vários formatos. As fotografias são parte da Coleção Augusto Malta, do Museu da Imagem e do Som do Rio (MIS-RJ), e acabam de passar por restauração.

Os R$ 135 mil necessários para o projeto vieram da Fundação Vitae. O trabalho foi realizado pelo Centro de Conservação e Preservação Fotográfica, da Funarte, referência na América Latina, sob a coordenação de Sandra Baruki, e terminou em maio, após nove meses. O resultado deve chegar ao público em setembro, numa exposição comemorativa dos 40 anos do MIS-RJ, projeto ainda em fase de captação de recursos.

Alagoano que em 1888, aos 24 anos, migrou para o Rio, Malta experimentou sem grande sucesso diversas profissões, como guarda-livros e comerciante. Doze anos depois de chegar ao então Distrito Federal, Malta se tornou fotógrafo amador. Até que, em 1903, o prefeito Pereira Passos criou para ele o cargo de fotógrafo oficial da prefeitura.

A gestão Pereira Passos foi um período marcado por ambiciosa reforma urbana. A cidade se transformou em um canteiro de obras. Malta foi o grande responsável pela documentação desse período.




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