Candidato à presidência do Corinthians no pleito de fevereiro de 2018, Antonio Roque Citadini acredita que a atual gestão, comandada por Roberto de Andrade, não tem condições de negociar os R$ 360 milhões que deve à Odebrecht, construtora da Arena. Integrante de conselho que investiga os custos do estádio, ele projeta resolver a questão, mas não disse como.

“Essa diretoria não tem condições de renegociar a conclusão do estádio. Não é acusação de candidato, mas eles agiram amadoramente na construção da Arena. Não se trata de atacar, mas o clube precisa renegociar com a Odebrecth, com a Caixa e esse grupo não tem condição disso. Tudo que eles forem falar vão dizer: ‘mas foi você que mandou’. Vira uma confusão”, avaliou.

Citadini avalia que a solução passa pela instalação de uma câmara de arbitragem, o equivalente a um fórum capacitado a resolver conflitos financeiros. “A nova diretoria, que espero ser o presidente, tem de ir a uma câmara de arbitragem e o que decidir temos de acatar”, disse ele, que refutou qualquer possibilidade de o clube perder o controle da Arena. “O estádio é definitivo, é do Corinthians. Não há nenhuma possibilidade de ter qualquer coisa.”

Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Citadini também descartou vender o nome da Arena. “Naming rights esquece. O Corinthians perdeu a oportunidade de fazer isso antes da Copa, depois o País entrou nessa crise... Que empresa vai fazer um contrato de 20 anos? Se for estrangeira, precisa de retorno. Emirates (companhia aérea) tem (só) um voo de São Paulo para o Oriente Médio, não dá para pensar, ao menos que ela compre uma companhia brasileira”, finalizou. (Colaboraram Evaldo Novelini e Raphael Rocha)