A UBS (Unidade Básica de Saúde) da Quarta Divisão, em Ribeirão Pires, iniciou, nesta semana, a execução do Laboratório de Atenção às Condições Crônicas, projeto da secretaria estadual da Saúde cujo objetivo é aprimorar o atendimento prestado aos usuários da rede municipal que sejam, principalmente, portadores de hipertensão e/ou diabetes.

O equipamento ribeirãopirense foi selecionada pelo Estado e é o primeiro no Grande ABC a receber a ação. “Na região existem municípios que já têm ações voltadas para estas questões e, para escolher, pensamos em uma cidade que não está com todo o processo estruturado”, falou a articuladora de Atenção Básica do Estado para o Grande ABC, Zizelda Cheruti Teline. “Pensamos (primeiramente) em Rio Grande da Serra, mas ainda está em processo de contratação de agentes comunitários para implantação de equipe de Saúde da Família. Ribeirão Pires tem equipe completa e potente à implantação deste laboratório”, acrescentou.

Durante nove reuniões mensais – a primeira ocorreu na quinta-feira –, os profissionais da UBS receberão treinamento passado por Zizelda, em conjunto com outra articuladora, que foca na política nacional de humanização. Nestes encontros serão traçadas estratégias para a reorganização da estrutura da unidade, a territorialização (política e técnica utilizada para definir territórios de atuação dos serviços) e o cadastramento das famílias. “Nem todo mundo tem acesso ao serviço porque muitos desconhecem que são portadores de alguma doença crônica. Detectando quem são, promovemos o acesso mais rapidamente e temos melhor controle dessas doenças”, ressaltou a diretora de Saúde da secretaria municipal do setor, Valquíria de Souza Djehizian. A classificação de risco dos pacientes crônicos também será trabalhada. “Pessoas com alto risco têm de ser vistas de forma mais rápida, e tenho de oferecer condições de acesso ao tratamento”, salientou.

A ideia é que até fevereiro de 2018 as dez UBSs da cidade tenham o modelo de atuação, o qual segue literatura de Eugênio Vilaça Mendes, estudioso de sistemas de Saúde em todo o mundo e consultor da área. Um dos pontos defendidos por ele é que a atenção primária à Saúde deve cumprir, entre outras questões essenciais, a função resolutiva de atender a pelo menos 85% dos problemas mais comuns.