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Igreja desmorona e deixa sete feridos em Diadema

Cinco pessoas foram soterradas por queda de
laje; bombeiros seguem busca por três vítimas

Por Daniel Macario
Do Diário do Grande ABC
16/06/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


Rotineiro culto da Igreja Assembleia de Deus Madureira – campo Taboão, no Eldorado, em Diadema, na tarde de ontem, transformou-se em tragédia. A lage do espaço, localizado na Rua Jacarandás, 32, desabou e feriu sete pessoas. Seis foram soterradas e uma mulher de 35 anos foi atingida por escombros. Até o fechamento desta edição, o trabalho de resgate de três fiéis continuava a ser realizado por parte do Corpo de Bombeiros.

Duas das três pessoas que seguiam soterradas – dois homens com 23 (Anderson Peres Thiago) e 40 anos (Ezequiel Mathias da Silva) – já haviam sido localizadas pelos bombeiros e estavam conscientes. Durante a noite, eles receberam auxílio de cilindros de oxigênio para manter a respiração. A terceira vítima (Vilma, 55) ainda estava desaparecida embaixo dos escombros.

Os trabalhos estavam sendo executados por 70 bombeiros, que se revezavam em quatro grupos, e contavam com 20 viaturas empenhadas. “A prioridade é remover as duas vítimas que já estão localizadas. É um procedimento delicado”, destacou o tenete-coronel do 8º GB (Grupamento de Bombeiros) Roberto Nauhmeirf.

As primeiras vítimas a serem socorridas foram três crianças, sendo dois irmãos, com 2 (Fernando) e 5 (Davi) anos. O menino mais velho foi encaminhado ao Hospital Estadual Serraria e liberado no fim da tarde com escoriações leves. Já o mais novo e uma menina (Ana Luiza, 1 ano e 10 meses) seguem internados em observação no Quarteirão da Saúde, também com ferimentos leves.

A igreja passava por reforma e, de acordo com a Prefeitura, os trabalhos não tinham autorização. A secretária de Assistência Social e Cidadania e chefe de Gabinete de Diadema, Regina Gonçalves, destacou que a administração do prefeito Lauro Michels (PV) notificou a igreja na segunda-feira sobre a falta de documentação necessária para as intervenções: alvará de aprovação e execução da obra. “Recebemos denúncia de moradores e a orientação foi paralisar as atividades até a apresentação dos documentos”, destaca.

De acordo com o porta-voz da igreja, Kaique Nicolau de Lima, a obra da unidade estava paralisada há 15 dias por recomendação da sede da Assembleia de Deus. Ele não soube precisar quais intervenções estavam sendo realizadas no local nem há quanto tempo.

Segundo o delegado titular do 4º DP (Eldorado), Miguel Ferreira da Silva, cerca de 15 pessoas participavam do chamada tarde da libertação na unidade durante o desabamento, sendo que parte dos fiéis estava conversando do lado de fora da igreja. Os demais, que não foram atingidos pela queda da laje, conseguiram sair por portão lateral assim que ouviram o barulho e perceberam a movimentação dos escombros. “O que se sabe é que havia alguns funcionários removendo terra da obra. Vamos abrir inquérito para apurar as responsabilidades”, diz. 




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