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Sete vidas da gata Babi
Mariana Trigo
Da TV Press
20/01/2007 | 20:55
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Babi Xavier tem a sensação de ter vivido muitas vidas numa só. Até agora, a niteroiense que faz a batalhadora advogada Patrícia em Vidas Opostas, na Record, soma 11 anos de carreira. Foram quatro novelas, três programas na MTV, dois programas no SBT e a apresentação do telejornal Sintonia Fina, que falava sobre a grade de programação da operadora Sky. Nem tudo deu certo. O investimento na carreira de atriz, por exemplo, parecia que ia decolar em Por Amor, de Manoel Carlos, em 1997. Não decolou. Babi começou a fazer sucesso mesmo quando foi apresentar o Erótica MTV, sobre comportamento e sexualidade. “Sem trocadilho, foi a fase mais excitante da minha carreira”, afirma.

Apresentou ainda o Mochilão MTV e teve seu ápice ao substituir Serginho Groisman no Programa Livre, no SBT. Mas, logo depois, Silvio Santos lhe puxou o tapete. Babi foi parar na apresentação da Ilha da Sedução. “Nunca fiz teste do sofá. Se tiver de fazer escândalo para enriquecer e fazer mais sucesso, prefiro ficar na minha. Essa não é minha praia. Sou caseira e romântica”.

Para voltar à TV, Babi teve de correr atrás. Bateu na sala de Mário Lúcio Vaz, diretor artístico da Globo, e marcou uma visita. A emissora, aliás, chegou a sondar a apresentadora na época do Programa Livre. “Quando falei com o Mário, ele disse que a grade estava lotada para um programa. Perguntei: ‘E novelas? Comecei como atriz!’”, lembra. Foi quando a incansável Babi interpretou a prostituta Marylin em Bang Bang. “Hoje sei o valor de ir a lugares paradisíacos e também conheço o valor de voltar para casa. Poderia ter pirado, mas cuidei da minha mente, da minha casa e do meu cachorro", avalia.

Babi Xavier garante que sempre foi inquieta profissionalmente. “Gosto de fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Não suporto ter tempo livre. Prefiro trabalhar”, garante. Por isso mesmo que a atriz e apresentadora resolveu investir em duas novas facetas quando ainda estava no SBT: lançar um disco e um livro. O álbum Do Jeito Que Eu Quero, pela Universal Music, chegou a ser elogiado por alguns artistas como Simoninha e Jair de Oliveira, além de Chico Buarque, com quem Babi dividiu uma das faixas. Apesar de apadrinhado pelo compositor, o CD não teve nenhum toque de midas e não fez sucesso com as vendas. “Não continuei como cantora porque não posso controlar todas as fases do processo. Até quero lançar outro disco, mas com elementos mais brasileiros. Ainda vou pensar a sério sobre isso”, minimiza.

Além de soltar novamente a voz afinada em outras canções, Babi também projeta escrever um novo livro. Desde quando lançou o E Aí, Um Papo Aberto Entre A Gente, que abordava comportamento e sexualidade com uma linguagem voltada para o público jovem, a atriz pensa em retomar o trabalho da escrita. O tema do próximo livro também é bem familiar para Babi: a relação entre os fãs e seus ídolos. “Quero tirar dúvidas como: ‘Encontro meu ídolo no aeroporto com uma cara exausta e de óculos escuros. Peço para ele tirar os óculos e posar para uma foto?’. Isso é comportamento, é minha praia".



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