Setecidades Titulo Crime brutal
MP denuncia casal por morte
de família carbonizada

Anaflávia, a namorada Carina e três pessoas vão responder por homicídio triplamente qualificado

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
01/04/2020 | 01:00
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Denis Maciel/DGABC


O MP (Ministério Público) de São Paulo denunciou o casal Anaflávia Gonçalves, 24 anos, e Carina Ramos, 31, além de outras três pessoas – os irmãos Juliano Oliveira Ramos Júnior, 22, e Jonathan Fagundes Ramos, 23, e o amigo Guilherme Ramos da Silva, 19 – pela morte dos comerciantes Flaviana Meneses Gonçalves, 40, e Romuyuki Veras, 43, – pais de Anaflávia –, além do filho caçula, Juan Victor Meneses Gonçalves, 15, em janeiro. Os corpos da família foram encontrados carbonizados dentro de um carro na Estrada do Montanhão, em São Bernardo.

A promotora Thelma Cavarzere acusou os cinco envolvidos por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, além de roubo e associação criminosa. A denúncia traz ainda, em detalhes, como o quinteto agiu, visando ficar com bens e dinheiro, tanto a quantia que a família teria em casa como a do seguro de vida. E, entre outros pontos, o documento aborda o ciúme e a dominância que Carina tinha sobre Anaflávia, que, segundo a acusação, “em toda empreitada criminosa trabalhou ativamente”.

“Carina e Anaflávia mataram as vítimas por motivo torpe, consistente na cobiça de ambas em ficar com a casa, veículos, quantia que achavam que estava no cofre e dinheiro do seguro de vida. Juliano, Jonathan e Guilherme agiram mediante promessa de recompensa. Todos os cinco empregaram meio cruel para matar as vítimas (...). E se utilizaram de recurso que dificultou a defesa”, diz um dos trechos da denúncia.

O MP foi procurado pelo Diário e informou que ofereceu denúncia à Justiça e aguarda que o documento seja acatado, os tornando réus. O delegado titular da Deic (Delegacia de Investigações Criminais) de São Bernardo, Paul Henry Verduraz, reforçou o processo e explicou que, assim que o MP de São Bernardo ofereceu, a denúncia foi declinada e encaminhada para a Justiça de Santo André. “Neste momento, (a Justiça) ainda está em análise se recebe e aceita a denúncia”, declarou

Henry também comentou que todos os suspeitos serão transferidos à SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), mas sem os locais revelados por segurança aos denunciados. Já o advogado de defesa de Anaflávia e Carina, Sebastião Siqueira, destaca que o caso foi transferido para a Justiça de Santo André porque o crime começou no Condomínio Morada Verde, onde a família residia, no Jardim Irene.

Siqueira também analisa que não tem dúvidas de que Anaflávia não participou do crime. “Eu tenho certeza de que Anaflávia é inocente diante das mortes. Sobre a Carina vamos precisar avaliar ainda outras situações”, finaliza. O Diário procurou a defesa de Juliano, Jonathan e Guilherme, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. 




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