Depois de desempenho fraco na eleição de 2012, o PSDB mudou a postura e tem apostado no investimento da chapa de vereadores para o pleito do ano que vem como plataforma, aliado ao plano de lançar projeto próprio às prefeituras. Com cenário favorável do ano passado a candidaturas majoritárias do partido, a cúpula projeta até o fim do mês aquisições de nomes com boa votação na proporcional. No último páreo municipal, o tucanato elegeu apenas nove parlamentares nas Câmaras do Grande ABC, registrando o pior resultado da história. Em Santo André, por exemplo, sem voo solo, a legenda ficou sem representação.

Principal rival, o PT, por sua vez, tem bancada de 29 integrantes na região, mais do triplo do que o PSDB. Em território andreense, os ex-vereadores Marcelo Chehade, presidente do diretório local, e Marcos da Farmácia devem disputar novamente vaga no Legislativo, porém, desta vez com os possíveis reforços de Pedrinho Botaro – obteve 3.897 votos em 2012 – e Fumassa – angariou 3.081 sufrágios –, que concorreram por PTB e PSC, respectivamente. Os vereadores Marcos Pinchiari (Pros), Edson Sardano (PTB) e Almir Cicote (PSB) também são cotados no tucanato devido ao perfil. A sigla dá sinais de apresentar o ex-parlamentar Paulinho Serra (PSD) na corrida pelo Paço.
Em São Bernardo, o PSDB fez dois representantes no Legislativo: Juarez Tudo Azul e Hiroyuki Minami. Com a provável candidatura do deputado estadual Orlando Morando (PSDB) a prefeito, o tucanato dá passos para contar com os parlamentares Pery Cartola (SD, 3.556 votos) e Martins Martins (PCdoB, 2.380 sufrágios), além dos ex-vereadores Ary de Oliveira (3.177) e Sérgio Demarchi (3.060), ambos do PSB.

O ingresso selado do ex-prefeito José Auricchio Júnior (PTB) aos quadros do PSDB de São Caetano para encabeçar dobrada deve contribuir por acesso de filiados, como os vereadores Edison Parra (PHS, com 1.049) e Magali Pinto (PSD, 1.044). Na eleição de 2012, a legenda conquistou apenas uma cadeira, com Beto Vidoski, que amealhou 3.026 adesões. “Vamos nos debruçar para de forma conjunta termos a melhor chapa proporcional e fazer o maior número de representantes. Não tenho dúvida que alcançaremos esse objetivo”, frisou Auricchio, que assinará a ficha na quinta- feira.
Na cidade de Diadema, o tucanato cogita emplacar Maridite Cristovão da Silva, mulher do ex-prefeito e atual secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), como vice de Lauro Michels (PV). A sigla conquistou somente duas vagas na Câmara, hoje compostas por José Dourado e Atevaldo Leitão. O parlamentar Talabi Fahel (PR), que recebeu 4.139 votos, é sondado e pode desembarcar no PSDB.

No âmbito estadual, o partido deu cartada para trazer o ex-chefe do Executivo de Ribeirão Pires Clóvis Volpi (PTB) para ser candidato ao Paço de Mauá. A movimentação tende a engrossar as fileiras da chapa na cidade. Os vereadores Edgard Grecco Filho (Pros, 1.721 votos), Sandra Regina Vieira (PMDB, 1.815), Jair da Farmácia (PMDB, 3.462) e Osvanir Stella, o Ivan (PSB, 2.981) – próximo de Volpi, que se filia também na quinta-feira –, têm os nomes cogitados para fortalecer os quadros. No último pleito, fez só uma vaga, com Joelson Santos, o Jotão.

Em Ribeirão Pires, o PSDB não possui vereadores. Ainda não definiu o caminho. Menor entre as sete cidades, Rio Grande da Serra, por sua vez, é a única onde a sigla garantiu maior êxito proporcional na eleição de 2012. Além de alçar Gabriel Maranhão ao Paço, o tucanato elegeu três vereadores. “Tem alguns nomes (parlamentares) que tem sinergia com o partido”, alegou Maranhão.