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Morto gerente de tráfico em Sto.André
Ana Carolina Negrão
Especial para o Diário
25/03/2006 | 08:14
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Policiais do 6º DP de Santo André mataram o gerente do tráfico da favela Toledânia e prenderam outro traficante na tarde de sexta-feira. Segundo a polícia, os dois faziam parte de uma das principais quadrilhas que comandavam o tráfico de drogas do local. A investigação vinha sendo feita havia 15 dias. Na hora em que a polícia chegou, apenas os dois rapazes estavam no barraco. Athilla do Prado Bezerra, 20 anos, estava desarmado, não reagiu e se entregou. Seu comparsa, indentificado como Fábio Bezerra Fernandes, 25, teria trocado tiros com os policiais. Segundo a polícia, ele tentou fugir para um galpão de madeira atrás de um barraco da favela, mas foi morto. Ele seria o gerente da boca.

Na operação, foram apreendidos 657 papelotes de cocaína, 28 de crack e 11 trouxinhas de maconha na favela próxima ao Parque do Pedroso. Com os dois rapazes, foram encontrados R$ 66, uma pistola semi-automática 380 mm, dois pentes de munição e um rádio de comunicação. Entre os papelotes de cocaína estavam os chamados supositórios, quando a droga é embalada em um tipo de tampinha para o uso imediato. Segundo o chefe de investigação da delegacia, investigador Fábio Leite, este tipo de embalagem só foi encontrada em Santo André uma única vez no ano passado, nesta mesma região da cidade.

Há 15 dias, a Polícia Civil vem investigando o controle do tráfico do local. Os homens do DP gravaram vídeos em uma câmera doméstica de um dos investigadores para acompanhar a movimentação da quadrilha. Por volta do meio-dia de ontem, a polícia fechou o cerco ao grupo.

Segundo a polícia, o galpão era usado para esconder a droga e para as reuniões do grupo. Pouco antes da invasão ao barraco, um dos policiais teria visto Fernandes tirar a pistola e uma sacola com entorpecentes de dentro de uma caixa d’água em cima de uma laje em frente ao barraco. A polícia diz que do alto, onde fica o barraco, o grupo tinha visão de tudo o que ocorria na favela.

“Durante o período que gravamos a biqueira, uma viatura passou pelo local. Isso permitiu que tivéssemos a noção de onde eles se escondiam quando nos aproximávamos”, informou o delegado do 6º DP, Darci de Freitas. Os rapazes foram surpreendidos por policiais que chegaram pela parte de trás da favela para evitar que os olheiros avisassem sobre a chegada da polícia.

Durante a espera pelo Instituto de Criminalística para a péricia do local, o celular do suposto traficante morto tocou. Pelas ligações registradas no aparelho, os policiais esperam chegar aos outros integrantes da quadrilha. “Vamos fazer o rastreamento das ligações do celular do rapaz. Quanto ao rádio de comunicação, como não temos a possibilidade de fazer esse rastreamento, deixaremos ligado toda a noite para esperar o contato de alguém do grupo”, ressaltou o delegado. O rapaz preso não quis dar depoimento e disse que falará apenas na presença do juiz. (Supervisão de Cláudia Fernandes)



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