Política Titulo Rio Grande da Serra
Vereador é condenado à prisão por receptação

Candidato a deputado estadual, Jhol Jhol foi abordado em 2013 conduzindo veículo roubado

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
04/10/2018 | 07:00
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Vereador de Rio Grande da Serra e candidato a deputado estadual pelo PSD, Jonathan Amora de Rago, o Jhol Jhol, foi condenado pela Justiça da cidade a três anos de prisão pelos crimes de receptação (adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar produto de crime) e por apresentação de documento falso.

Em agosto de 2013, Jhol Jhol, quando ainda não era parlamentar, foi abordado por policiais em Rio Grande conduzindo um Toyota Corolla modelo 2011. Os policiais relataram que decidiram parar o veículo porque Jhol Jhol aparentou nervosismo com a aproximação da viatura. Ao pesquisarem a placa do carro, não encontraram irregularidades, mas ao consultarem o chassi, detectaram que a identificação estava vinculada a outro veículo, que havia sido roubado em Santo André.

Na ocasião, o vereador informou que havia comprado o carro de uma pessoa conhecida como Gordinho, que havia desembolsado R$ 10 mil no veículo, mas que não sabia o nome verdadeiro do vendedor, não pegou recibo da compra nem pesquisou sobre a procedência do automóvel. Jhol Jhol também apresentou falso licenciamento do veículo.

No momento da abordagem, o vereador estava acompanhado de Wellington Santana Horácio, que negou ter conhecimento de eventual “pendência” a respeito do veículo. O carro também não estava no nome de nenhum dos dois.

Nos autos, Jhol Jhol se defendeu dizendo que não sabia que o documento era falso e que teria sido vítima de um golpe ao comprar o carro. Ele acrescentou, à Justiça, que iria dar sua moto como acréscimo ao valor, além de financiar outros R$ 30 mil. Porém, não teria pego recibo comprovando quaisquer pagamentos.

A alegação não foi acatada pelo juiz Sidnei Vieira da Silva, da Vara de Rio Grande da Serra. “Embora tivesse negado a acusação, (Jhol Jhol) não apresentou documentação do negócio, comprovação do pagamento, não indicou o nome completo do vendedor nem endereço suficiente para sua localização. Nenhuma prova que afaste a imputação que lhe é feita acostou aos autos”, diz trecho da sentença, proferida em 11 de setembro.

Questionado, Jhol Jhol não quis comentar a condenação. “Não recebi nenhuma notificação”, disse. O parlamentar poderá recorrer em liberdade. Como a pena é inferior a quatro anos e o crime não foi cometido com violência ou grave ameaça a alguém, a prisão foi convertida em prestação de serviços comunitários e em pagamento de cestas básicas. 




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