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Movimento ‘Volta, Lula’ retoma com reeleição incerta
Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
07/09/2014 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Movimento pedindo que o PT troque a candidatura à reeleição da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), pelo nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa a fim de garantir a permanência da legenda no poder do Planalto voltou a tomar corpo nos últimos dias.
 
Até quinta-feira, site intitulado “Lula 2014” e página no Facebook que levava o mesmo nome, com cerca de 80 mil seguidores, pediam a substituição de Dilma por Lula. Segundo a legislação eleitoral, a mudança pode ser feita até 20 dias antes do pleito, ou seja, o prazo vence no dia 15 – a eleição está marcada para 5 de outubro. A página agradecia Dilma por “cumprir sua missão com louvor”, mas exigia o retorno do ex-presidente. Os portais saíram do ar na sexta-feira.
 
Após pesquisas mostrarem empate técnico entre Dilma e a ex-senadora Marina Silva (PSB) e vitória da socialista em eventual segundo turno, corrente encabeçada pelos próprios petistas reacenderam o chamado “Volta, Lula”. A articulação surgiu no início do ano após a queda da presidente em pesquisas de intenção de voto e a então evolução do senador Aécio Neves (PSDB) e de Eduardo Campos (PSB, morto em agosto).
 
A proposta perdeu força depois de o próprio Lula vir a público descartar possível retorno no cenário eleitoral e reafirmar escolha pelo projeto de reeleger Dilma. Quando o nome da petista foi ratificado pelo PT, em junho, os pedidos pela troca foram dissipado.
 
Em contrapartida, a trágica morte de Eduardo, no dia 13, e a consequente candidatura de Marina, então vice na chapa, elevaram o desempenho do PSB na disputa. Pesquisa Datafolha divulgada antes mesmo de a legenda confirmar a ex-senadora como presidenciável, mostrava Dilma com 36%, seguida de Marina, com 21%. Aécio aparecia com 20%.
 

Levantamento feito pelo mesmo instituto duas semanas depois já mostrava as duas empatadas numericamente, com 34%, e apontava a ex-senadora como vitoriosa no segundo turno com diferença de dez pontos: 50% a 40%. Os petistas, no entanto, ganharam leve fôlego na semana passada, após o Datafolha apontar que Dilma recuperou um ponto percentual (foi a 35%) e Marina ficou estagnada em 34%. A sondagem, embora indicasse novamente vantagem da ex-senadora na segunda etapa, apresentou menor distanciamento de Dilma com a socialista: 48% a 41%.

Presidente do PT de Santo André, Luiz Turco classificou a possível alteração como “loucura” e destacou a retomada do crescimento de Dilma nas sondagens. “Eu sugiro que essas pessoas que estão pedindo o retorno de Lula saiam nas ruas e peçam voto à Dilma”, salientou. As declarações foram corroboradas pelo coordenador da Macro PT ABC, Claudinho da Geladeira, e pelo presidente da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT). “Embora o Lula seja favorito para ganhar eleição em qualquer situação, (trocar a cabeça de chapa) não seria justo com a companheira Dilma”, frisou Maninho. 




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