Ainda reclamando da falta de recursos financeiros para tocar a campanha, o vereador e candidato a prefeito de Mauá Irmão Ozelito (PTB) teve de improvisar ontem para expor suas propostas. Em corpo a corpo na feira livre do Jardim Maringá, o petebista recorreu a carro de som que divulgava a candidatura à Câmara do presidente municipal do partido, Eugênio Rufino, para chamar a atenção dos eleitores.

Com o microfone em mãos, o prefeiturável prometeu melhorar a Saúde, a Educação, o Transporte e o Lazer. Entre as metas, externou a revitalização da Gruta Santa Luzia e comprometimento para viabilizar a chegada de uma faculdade pública à cidade - a Prefeitura já concentra esforços para garantir o campus da UFABC (Universidade Federal do ABC). "Temos campanha humilde, mas sem compromissos e conchavos com as grandes empresas que exploram Mauá", discursou.

Mesmo descartando carregar mágoa e rancor do presidente do PTB paulista, o deputado estadual Campos Machado, Ozelito voltou a cobrar mais estrutura para a campanha. No dia 13, o mandatário visitou o candidato na Santa Casa de Misericórdia de Mauá, onde foi internado após ser diagnosticado com pneumonia, e prometeu enviar caminhões de som para ajudar.

"Cadê o caminhão de som? Cadê tudo?", questionou Ozelito, em frente ao carro emprestado por Eugênio Rufino. Ele atribuiu a queda nas pesquisas de intenções de voto à falta de apoio da executiva estadual. "Cheguei a estar empatado em segundo lugar, mas, desse jeito, não tem como." É o quarto no levantamentos.

Quando desembarcou em Mauá, Campos Machado negou falta de apoio e atrelou a queda de Ozelito à então falta de união do prefeiturável com os candidatos a vereador, que iniciaram movimento de apoio a outras candidaturas majoritárias. "Todas as campanhas são mais espinhos do que flores", constatou o cacique. Ele não retornou aos contatos feitos ontem pela equipe do Diário.