Mahmud Dia, 17 anos, também alegou que não fez nada para ser preso. Ele foi capturado em Nassiriya, a 375km ao sul de Bagdá, e passou 15 meses em Abu Ghraib. "Não tenho nada a ver com os insurgentes e sequer tenho armas. Fui preso na rua sem mais nem menos", contou ele.
Outro jovem da mesma idade, Alí Mohamed Alwan, explicou que passou 14 meses em Abu Ghraib por ter se desentendido com um intérprete kuwaitiano, empregado do exército americano, que insultou sua mãe em um restaurante de Bagdá. "Tenho uma costela quebrada. Eu apanhava cada vez que me interrogavam. Pensei que ia morrer umas cem vezes", disse ele.
Já o xeque Mohamed al Zubaidi, 38 anos, contou que passou um mês em Abu Ghraib porque os soldados americanos e a polícia iraquiana encontraram em sua casa "um jornal em que se falava de Fallujah".
O capitão do exército americano Bill Meredith admite que foram cometidos muitos erros, mas garante que vem fazendo todo o possível para resolver a situação. "Não temos a intenção de fazer coisas que resultem em mais inimigos", disse o capitão da primeira divisão de cavalaria.
Desde o escândalo de Abu Ghraib, em que foram revelados fotos e vídeos de soldados americanos torturando presos iraquianos, os Estados Unidos vêm libertando centenas de presos e tentando melhorar as condições de vida nas prisões.
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