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Por unanimidade, Câmara de Diadema instala CPI da Enel

Será a terceira comissão de investigação sobre atuação da concessionária no Grande ABC

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
04/09/2021 | 00:28
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Denis Maciel/ DGABC


A Câmara de Diadema instalou oficialmente a CPI da Enel, a terceira comissão de investigação sobre a atuação da concessionária no Grande ABC – já há blocos vigentes em Santo André e em São Caetano.

A proposta original foi do vereador Eduardo Minas (Pros), mas passou a ser de autoria de todos os parlamentares. A abertura do grupo foi aprovada na quinta-feira, por unanimidade, com expectativa do início dos trabalhos na semana que vem, depois do feriado de 7 de Setembro.

“O fato de todos os vereadores assinarem o pedido de instalação da CPI e aprovarem mostra que a população está sofrendo”, considerou Minas. “É uma falha sistemática. Temos visto isso em outras cidades. Em Diadema, não é diferente. O problema é recorrente em toda a cidade por onde essa empresa passa. E olhe que ela, em 2020, registrou lucro líquido de US$ 2,9 bilhões. Olha o tamanho do lucro. E qual a contrapartida para a sociedade?”, emendou.

Como idealizador da CPI, Minas deve presidir a atuação do bloco. A mesa diretora vai designar os demais componentes, respeitando critérios de proporcionalidade, e também o prazo de vigência da comissão.

“A nossa ideia é fazer com que a população de Diadema se aproprie da CPI. Entenda que seremos instrumentos de busca de esclarecimentos de todas as denúncias sobre a atuação dela. Por isso a participação do cidadão é fundamental. Precisamos da voz do povo. Teremos vários canais para o envio das denúncias, seja do comércio, da indústria ou de relógios residenciais. Vamos apurar absolutamente tudo que chegar a nosso conhecimento”, emendou Minas.

Durante a sessão, o presidente da casa, Josa Queiroz (PT), criticou duramente o serviço prestado pela Enel. Citou casos de moradores que tiveram reajuste exorbitante nas contas sem conseguir explicações plausíveis para esse acréscimo, questionou o fato de a empresa parar de emitir o boleto físico de pagamento em uma cidade com número considerável de moradores de baixa renda e alfinetou os deputados estaduais.

“Qual papel do deputado estadual? Vejo omissão muito grande de parcela grande dos deputados estaduais quando o tema é investigar essas empresas que têm e detêm concessão de serviços públicos no Estado”, disse Josa, pré-candidato à Assembleia Legislativa na eleição do ano que vem. “Não tem um vereador que não tenha meia dúzia de reclamação, cotidianamente, sobre as contas exorbitantes, com o mal serviço. Essa empresa merece essa CPI. Um freio precisa ser colocado na Enel.”

Durante o discurso de Josa, os vereadores Boy (DEM) e Talabi Fahel (PV) corroboraram com as críticas à Enel.




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