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Opep teme crise de energia no mundo
Do Diário do Grande ABC
12/09/2000 | 00:16
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O presidente da Organizaçao dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Ali Rodriguez, alertou que o mundo pode estar diante de uma possível crise de energia similar à ocorrida na década de 70, quando os preços do petróleo atingiram a demanda e pressionaram a inflaçao. Rodriguez, que também é ministro do Petróleo da Venezuela, disse que a produçao da Opep está alcançando o limite da sua capacidade.

Segundo Rodriguez, dos 11 membros do grupo, seis têm uma capacidade ociosa próxima de 2 milhoes de barris por dia, entre eles: Arábia Saudita, Emirados Arabes Unidos, Venezuela, Nigéria, Ira e Kuwait. Rodriguez disse que o grupo tem capacidade para responder às necessidades do mercado e que agirá, se for preciso, para reduzir os preços para uma variaçao razoável, entre US$ 22 e US$ 28 o barril.

O presidente da Opep garantiu que os preços do petróleo nao alcançarao os US$ 40 o barril no curto prazo, sem dar mais explicaçoes. Contudo, Rodriguez disse que o inverno poderia levar a uma nova escalada de preços.  No último domingo, a Opep anunciou que vai ampliar a produçao de petróleo em 800 mil barris por dia, em uma tentativa de reverter a escalada dos preços da commodity. A elevaçao, a terceira do ano, será de 3,1%, para um total de 26,2 milhoes de barris diários.

Impacto - Apesar de a decisao da Opep ter ficado dentro das expectativas, os analistas alertaram que a ampliaçao da oferta deverá servir apenas para legitimar o atual volume de produçao dos países membros da Opep, que já estariam produzindo cerca de 700 mil barris por dia acima das cotas autorizadas pelo cartel. Como resultado, os analistas esperam que o impacto sobre os preços do produto seja moderado. Protestos - Os governos britânico e alemao informaram que nao vao ceder às reivindicaçoes dos manifestantes que estao bloqueando o tráfego e a movimentaçao das refinarias para protestar contra os altos preços dos combustíveis.   Caminhoneiros, motoristas de táxis, fazendeiros e outros profissionais continuaram segunda seus protestos contra os preços dos combustíveis na Gra-Bretanha, Holanda, França e Alemanha.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o ministro dos Transportes da Alemanha, Reinhard Klimmt, afirmaram que nao seguirao o exemplo da França, que concordou com os apelos para subsidiar os preços dos combustíveis. Na Bélgica, caminhoneiros, motoristas de táxi e de ônibus ampliaram seus protestos, fechando a maior refinaria do país.




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