Palavra do Leitor Titulo
Gastos públicos e pobreza

A região é uma das mais ricas do País, com PIB aproximado de R$ 70,9 bilhões (IBGE/2009) e com Orçamento público em 2013 de R$ 9,95 bilhões

Por Dgabc
14/03/2013 | 00:00
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Artigo

A região é uma das mais ricas do País, com PIB aproximado de R$ 70,9 bilhões (IBGE/2009) e com Orçamento público em 2013 de R$ 9,95 bilhões. No meio de toda essa riqueza ainda existem no Grande ABC 900 mil pessoas na incidência de pobreza, segundo dados do IBGE. Isso representa um terço da população.

A incidência da pobreza seria drasticamente amenizada se as prefeituras da região fossem mais eficientes na aplicação dos recursos. Poderiam, por exemplo, investir mais em saneamento básico e prevenir grande número de doenças. Sabe-se que no Grande ABC o tratamento do esgoto coletado é menor nos municípios com mais densidade populacional. Em São Caetano, chega a 50%; em Santo André, 26%; em São Bernardo, apenas 17%; em Diadema, só 13%; e em Mauá, 16,3%, segundo o SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) para o ano de 2008.

E quanto à Educação? A renda per capita da região é semelhante à de alguns países europeus, como Bulgária e Polônia, mas a qualidade do ensino é semelhante à de alguns países africanos. Hoje, os gastos com Educação no Grande ABC ficam por volta de 1,7% do PIB regional, enquanto a média europeia fica em 6% do PIB.

A Saúde pública também piorou nos últimos anos, com estagnação no número de médicos por 1.000 habitantes; piorou também o coeficiente de leitos por 1.000 habitantes etc. E não é somente por falta de recursos, mas sim por falta de competência técnica no gerenciamento da Saúde e na malversação de recursos. Outros obstáculos que infernizam a vida, principalmente dos pobres, é a falta de moradias e problemas de mobilidade urbana/transporte. Além disso, aumenta o número de favelas e o poder público, muitas vezes, trata os marginalizados como se fossem marginais.

Enfim, agora com a Lei de Acesso à Informação (número 12.527/2011), a sociedade civil poderá obrigar os órgãos públicos a tornarem disponíveis todas as informações, de forma acessível para leigos. É urgente e necessário monitorar os gastos dos R$ 9,95 bilhões das prefeituras do Grande ABC. É preciso estar atento, principalmente com os gastos onde incidem maiores possibilidades de desvios e corrupção, como licitações, transporte/mobilidade urbana, infraestrutura e lixo/saneamento. Assim, estaremos combatendo a pobreza na região.

Cido Faria é economista e pós-graduado em Administração (Universidade de Uppsala, Suécia), consultor, diretor executivo da Transparência ABC e coordenador técnico do Centro de Memória do Grande ABC.

Palavra do leitor

Ramalhão
O presidente do Santo André, Celso Luiz de Almeida, afirmou que quer que o time volte para a Série A-1 do Paulista, mas o objetivo não é esse neste instante. Quer se manter na Série A-2 agora. Acho que ele poderia ter dito: ‘Temos conhecimento de nossas limitações e estamos lutando para permanecer na Série A-2'. Com certeza, isso vai ser usado por algum time aproveitador. Com isso, a equipe que perder vaga para outro que tenha ganhado do Santo André vai espernear. Se isso acontecer, o Ramalhão pode sofrer punição pesada. A não ser que a diretoria queira mesmo cair para a Série B paulista ou até ficar um tempo sem atividade. Acho que a diretoria deveria mandar os jogadores ‘comerem grama' nos jogos, para garantir uma das quatro vagas na elite. Ainda dá para consertar.
Donizete Ap. de Souza
Ribeirão Pires

Previdência
Que vergonha o serviço da Previdência Social no Brasil! Estava tentando agendar horário no telefone 135 para uma pessoa necessitada, mas pedem para esperar quase 20 minutos e soltam gravações elogiando os (des)serviços prestados, promessas de vida maravilhosa para a dona de casa que vai ter aposentadoria com um salário-mínimo se essa contribuir etc. Ora, faça-me o favor, (des)governo Dilma! Como pode querer punir e multar empresas privadas que não atendem com eficácia o consumidor se não faz a lição de casa?
Ailton Gomes
Ribeirão Pires

Estrada Velha
Gostaria de sugerir que fosse feito algo com relação a ciclistas e corredores na Estrada Velha de Santos, no Riacho Grande, em São Bernardo. Todos os domingos eles estão se apossando da autopista e acham que o carro é que está errado. Não têm o menor cuidado com os automóveis, e os corredores pedestres acham que podem andar no meio da pista. Tem de ser respeitado o limite de cada um, se não for feito algo o mais breve possível ainda haverá grande tragédia, pois os pedestres têm de ser alertados dos perigos que correm e os ciclistas a terem mais atenção e cuidado. Acredito que se for prática frequente, que a pista seja fechada para automóveis nesse período ou regularizado pela Ecovias, antes que aconteça algo pior.
Rosemary Stefane
São Bernardo

Calçada
Quando adquiro imóvel cabe à prefeitura verificar o loteamento com rua e calçada. Por que tenho de pagar a calçada que todo mundo usa? É do público! Se a moda pegar, vamos pagar tudo que há nas vias. Vamos juntar grupo para ir ao Judiciário para termos o nosso direito respeitado! Como fica o custo Brasil? Que mais a prefeitura quer que paguemos? O que não temos?
Maria de Mello
Capital

Privilégios
É absurdo algumas coisas que acontecem na Câmara de Santo André. Tem parente de vereador achando que possui o mesmo status dos pais e que merece ter tratamento diferenciado. Vi a filha da vereadora Elian Santana e o seu noivo utilizarem vaga privilegiada no estacionamento e sair caminhando tranquilamente para fazer compras no Centro. O filho do vereador Luiz Zacarias e a mulher de Sargento Juliano entram e saem da Câmara a hora que bem entendem, estacionam os carros e têm acesso a departamentos restritos. O curioso é que os ‘vigias' do Legislativo não são rigorosos com esse pessoal como são com funcionários da Casa. Por que será?
Alex Roma Longas
Santo André




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