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Nossa economia em 1910, com carvão, leite e lenha...

De ontem a domingo fizemos um passeio pelo Grande ABC de 1855 e 1856

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
15/09/2010 | 00:00
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De ontem a domingo fizemos um passeio pelo Grande ABC de 1855 e 1856, tempo em que a Freguesia de São Bernardo se constituía em mero ponto de passagem da economia paulista, paulistana e santista. Hoje chegamos a 1910. Tudo mudara.

Há 100 anos, já como município autônomo - e não mais freguesia - o Grande ABC esboçava a forma que tem hoje, subdividindo-se em manchas urbanas específicas, muito pequenas.

Nos valemos de um documento único chamado livro de Impostos de Indústrias e Profissões, cujo original faz parte do acervo do Museu de Santo André. E observamos o Grande ABC de 1910 já formado por oito pontos principais, equivalente ao arcabouço das sete cidades de hoje.

Por ordem de arrecadação de impostos, os oito pontos urbanos do Grande ABC de 100 anos atrás eram estes: Vila (São Bernardo), Estação (Santo André), Ribeirão Pires, Alto da Serra (Paranapiacaba), Rio Grande (da Serra), São Caetano, Pilar (Mauá) e Campo Grande.

O território que forma hoje Diadema era extensão rural de São Bernardo e da Zona Sul de São Paulo. Campo Grande incorpora-se hoje ao Distrito de Paranapiacaba e este ao Município de Santo André.

SÃO BERNARDO
Ainda dividia-se em linhas coloniais, formadas a partir de 1877 quando se criou o Núcleo Colonial de São Bernardo.

SANTO ANDRÉ
Tinha na Ipiranguinha, Kowarick e Streiff suas principais indústrias.

RIBEIRÃO PIRES
Lenha e tijolos formavam o grosso da sua economia.

PARANAPIACABA
Comércio desenvolvido, com armazéns, bazares e a Sociedade Cooperativa dos Planos Inclinados.

RIO GRANDE DA SERRA
Força na extração e comércio de lenha.

SÃO CAETANO
Num modesto sexto lugar na economia local, tinha muitas olarias, criadores de vaca leiteira, uma fábrica de formicida, uma de pólvora e outra de sabão.

MAUÁ
Carvão e lenha. E o início do setor de pedreiras, duas serrarias e um moinho.

CAMPO GRANDE
Dois proprietários exploravam o corte do mato e a venda de lenha.

Amanhã a gente começa a falar, individualmente, de cada uma das sementes das atuais sete cidades do Grande ABC, como era cada uma há um século.

MUNICÍPIOS PAULISTAS
São vários os municípios que celebram aniversário hoje, reportando-se ao dia de Nossa Senhora das Dores, padroeira das cidades: Limeira (1824), Avaré (1861), General Salgado (1945) e Euclides da Cunha (1990).

Crônica de Ribeirão Pires
Texto: Aida Arnoni Bressan
Outros profissionais autônomos da velha Ribeirão Pires: o pedreiro Eugênio Luppi, os marceneiros Carlos Rhon (pai) e Gustavo Rohn (filho). Coube ao filho Gustavo fabricar os primeiros caixões fúnebres da cidade, a partir de 1896, mantendo oficina à Rua Jorge Tibiriçá, 184.

Vicente de Paulo
Paróquia São Vicente de Paulo, do Parque São Vicente, em Mauá, iniciou no fim de semana novena e a Festa do Padroeiro. Os festejos irão até a primeira semana de outubro. O ponto alto será dia 17, às 19h30, com visita do bispo diocesano, dom Nelson Westrupp, e celebração que lembrará os 350 anos da morte do santo Vicente de Paulo.

Paróquia São Vicente de Paulo fica na Rua Presidente Francisco Silvano Brandão, 88, Parque São Vicente, Mauá. Maiores informações pelo telefone 4555-4205.

EM 15 DE SETEMBRO DE...
1920 - Entra em funcionamento o posto fiscal de Capuava, na futura estação da São Paulo Railway, esta inaugurada em 5 de março de 1937.

1935 - Inauguração da Escola Profissional Júlio de Mesquita, em Santo André.

Trabalhadores
Nascem em 15 de setembro:

1882 - Gabriel Dabriolo, natural de Viena. Empilhador da empresa Fernando Hackradt. Residia na Avenida do Estado, 128.

1910 - Luiz A. Moreira, natural de Cravinhos (SP). Destilador da Rhodia. Residia na Rua Egito, 12.
Fonte: 1º livro geral de registro dos associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

HOJE
Dia da Musicoterapia e do Musicoterapeuta. Dia do Cliente.

SANTOS DO DIA
Catarina de Gênova, Emília, Jeremias, Nicomedes e Senhora das Dores. A devoção a Nossa Senhora das Dores, ou Madonna Addolorata, em italiano, é muito antiga. Evoca o sofrimento de Maria quando do flagelo e morte do seu filho Jesus.




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