Política Titulo Santo André
Governo admite antecipar entrega de postos de Saúde

Sete unidades passam por reforma em Santo
André, mas secretária quer encurtar calendário

Humberto Domiciano
do Diário do Grande ABC
13/09/2017 | 07:00
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Divulgação


A secretária de Saúde de Santo André, Ana Paula Peña Dias, garante que será possível antecipar a entrega das intervenções em algumas das unidades de Saúde que foram fechadas no mês passado para revitalização. Contudo, Ana Paula não detalhou quais os equipamentos que poderão ser concluídos antes do prazo previsto. As reformas e informatização dos postos custarão R$ 4 milhões.

O objetivo da gestão do prefeito Paulo Serra (PSDB) é concluir todas as intervenções até o começo de 2019, de acordo com o calendário do programa QualiSaúde, ao qual o Diário teve acesso. “Optamos por trabalhar com prazos máximos e existe a chance de antecipar algumas entregas. Dentro do nosso planejamento é possível”, assegurou a chefe da Pasta da Saúde.

O fechamento dos postos causou revolta nos usuários da rede e fez com que Ana Paula fosse convocada a prestar esclarecimentos na Câmara no mês passado.

De acordo com o cronograma fornecido pela administração tucana (veja mais no quadro ao lado), entre os meses de agosto e outubro deste ano todas as unidades estarão praticamente no mesmo grau de avanço, com retirada de esquadrias de madeira e metálicas, demolições de alvenaria e pisos e remoção de entulho. A previsão é que a primeira unidade a receber a informatização seja a do Parque Novo Oratório, em julho de 2018.

A titular da Pasta explicou que os trabalhos envolvem, além da reforma da estrutura física, a informatização dos processos. “O QualiSaúde está baseado em cinco pilares que tratam da infraestrutura e informatização, pois é absurdo que em pleno século 21 tenhamos cadastros feitos em fichas de papel. A iniciativa passa também pela gestão do cuidado, que tem por objetivo a segurança do paciente, se estende pela valorização do trabalhador da Saúde e ainda pela valorização do usuário”, destacou Ana Paula.

Além da reabertura das sete fechadas para reforma, o Paço incluirá a reinauguração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas Bangu – antigo PA (Pronto Atendimento), fechado em dezembro – , da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Centro, a entrega das obras do CER (Centro Especializado em Reabilitação) do Campestre, que começaram em 2015, e USF (Unidade Saúde da Família) dos jardins Cipreste e Irene.

No caso do CER, há a possibilidade de integração com a UBS do Campestre, o que poderia diminuir os custos da intervenção. “O prefeito deu a sugestão de fazer junto com o CER, já que a Prefeitura está querendo sair dos aluguéis”, afirmou o secretário de Manutenção e Serviços Urbanos e vice-prefeito, Luiz Zacarias (PTB). Ele confirmou que pode ocorrer antecipação no cronograma, mas também não apontou quais equipamentos poderiam ser reabertos em menor tempo. “Desde segunda-feira iniciamos trabalhos nas unidades do Jardim Santo André, Humaitá e Bom Pastor, no setor de infraestrutura.”

Sobre o atendimento à população, Ana Paula pontuou que o planejamento feito pela Prefeitura evitou o aumento da fila nas unidades de Saúde que passaram a receber pacientes de outras localidades. “Foi um impacto pequeno. Somente no PA da Vila Luzita a demanda aumentou 30%”.

Desde a semana passada, o Paço tem oferecido transporte gratuito da UPA do Jardim Santo André para o PA da Vila Luzita.


União dará software; Paço estuda compra

O Ministério da Saúde pretende custear a informatização de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) em todo o País até o fim de 2018. A medida poderia beneficiar o município de Santo André, que, por outro lado, estuda a aquisição de programa específico para a organização dos dados.

Conforme o Diário apurou, a gestão do prefeito Paulo Serra (PSDB) está elaborando um termo de referência para a modernização dos sistemas, o que incluiria novos equipamentos e a interligação das unidades à rede municipal de fibra ótica.

De acordo com a proposta do ministério, para os municípios que não possuem informatização, o governo federal pagará o valor total à empresa fornecedora do serviço e descontará 50% do montante do repasse do piso da atenção básica do município. Já a cidade que possuir UBS informatizada poderá receber da Pasta 50% do valor para auxiliar no custeio da informatização existente, desde que os dados sejam mensalmente enviados ao ministério.

A ideia do programa é fornecer as soluções de informática, que incluem a conectividade, equipamentos e treinamento de pessoal, em um contrato de 60 meses.

Cada empresa será responsável pela solução completa, e, conforme o Ministério da Saúde, não haverá a necessidade de licitar qualquer outro item.

O conjunto de empresas credenciadas deve montar estrutura para atender o maior número possível de municípios, viabilizando a implantação nas UBS em menos de 12 meses. 




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